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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Castelo Branco/Fundão/Capinha
Romano e Idade Média
No topo de um esporão/plataforma próximo da Ribeira da Meimoa foram identificados alguns fragmentos de cerâmica comum (dolia) e de construção (tegulae), fustes de coluna e silhares, dispersos por uma área aproximada de 900m². Para além das referências a materiais cerâmicos à superfície do terreno e a materiais de construção reaproveitados nas paredes da antiga ermida (além de silhares, encontram-se hoje visíveis pelo menos 22 fustes de colunas), há referência também ao achado neste lugar de dois capitéis coríntios e de uma inscrição funerária: HISPANVS TANGINI F MEI / DVBRIGENSIS ANN L H S E / CESSEA CELTI F SOROR OB MERITA F C (Vaz, 1977: 18-20, n.º XI; Monteiro, 1978: 80-81 - encontrada junto à Capela de S. Pedro). Monteiro, refere ainda dois capitéis e fustes. A inscrição votiva a Bandi Arbariaico (CIL II, 454), vista por Mariangelo Accursi Aquilano, poderia nessa época encontrar-se também reutilizada na Tapada de S. Pedro (Cristóvão, 1992: 68); mas tal não significa que se encontrasse originalmente neste sítio (poderia ser proveniente do vicus localizado na Capinha): AMMINVS / ANDAITIAE F / BANDIARBA / RIAICO · VO / TVM · L M S (CIL II, 454; Vasconcelos, 1905: 321). Poder-se-á ainda questionar se não serão daqui provenientes as duas inscrições funerárias encontradas reutilizadas na ponte sobre a Meimoa (construída ou reconstruída em 1682, cf. Silva, 1982: 48, n. 48). A grande maioria dos materiais à superfície parecem reportar-se à ocupação medieval. Assim, deveremos questionar, tal como o faz José Cristóvão (1992), se os elementos arquitectónicos e epigráficos aqui encontrados não serão antes provenientes do provável vicus situado na Capinha. Porém, a este propósito, não deixará de ser interessante reproduzir o que escreveu M. P. Sylva Leal nas "Memorias Para a Historia Ecclesiastica do Bispado da Guarda", em 1729: ao referir-se a uma inscrição de Idanha diz que esta é "semelhante à outra, que achei em o lugar da Capinha, termo da Covilhã, e comarca da Guarda, quando fui pessoalmente examinar as antiguidades deste bispado, em que falta o nome da divindade a que foi consagrada, e a muitas mais, que por estas partes continuamente apareçam, especialmente num campo visinho ao dito lugar, em que quotidianamente os lavradores estão descobrindo fragmentos de inscrições romanas, e pedaços de edifícios antigos, de que vi, e copiei muitos, os quais referirei em seus lugares" (p. 16, Parte I, Titulo I, Capitulo II, do I vol; nota: o II vol, onde faria supostamente referência a estas inscrições, não terá sido impresso). Desta feita, pelo que se depreende do que é escrito, o local onde apareciam todos estes vestígios não seria o núcleo urbano da freguesia. Fica assim lançada a dúvida: este "campo visinho" seria a Tapada de S. Pedro? Talvez esta interrogação possa ser esclarecida se for efectuada uma escavação arqueológica neste lugar.
Terrestre
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Silhares (um dos quais almofadados) e fustes de coluna, cerâmica de construção e cerâmica comum, dois capiteis coríntios e de uma inscrição votiva e outra funerária. Alguns dos materiais de superfície sugerem também uma ocupação medieval.
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2000/1(069)