Via do Álamo

Sítio (32348)
  • Tipo

    Vestígios Diversos

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Beja/Trigaches e São Brissos

  • Período

    Idade do Ferro, Romano e Indeterminado

  • Descrição

    As referências bibliográficas apontam para uma rede a troços de via identificados e referenciados nas proximidades do sítio Via do Álamo. A principal rede de comunicação desta área, que ligava Andaluzia ao Baixo Alentejo, era a estrada da Pax Iulia, Arucci, Fines, Serpa, Ebora, Salcia, Aranni, Ossonoba, Basla, Esuri, Hispalis, com as respectivas continuações para zonas regionais da Bética e um trajecto mais curto que ligava Beja a Serpa (Itinerário Antonino) e que atravessava Quintos, Pisões, subia as ladeiras do Guadiana, Horta da Guinapa, Farrobo, Chaminé, Marreira e Serpa. No entanto, o conhecimento da rede viária assenta apenas em indicações sobre a localização, em alinhamentos dos pontos de povoamento rural e de aglomerados urbanos, do que o conhecimento efectivo respeitante aos caminhos. As ligações entre estes pontos não são muito conhecidas dado que o impacte da agricultura intensiva e mecanizada sobre as evidências materiais foi realmente muito destruidora. Dessas continuações restam alguns caminhos dos quais apenas se reconhecem restos de calçada muito fragmentados, desgastados e apagados. As intervenções em 2009 apenas identificaran um nível de circulação em terra batida muito compacta contendo pequenas pedras de pequena e média dimensão, de morfologia irregular, pelo que não são suficientemente claras quanto à classificação da mesma, nem os elementos materiais exumados nos permitem remeter para uma cronologia possível pelo que não é possível em face dos resultados afirmar com clareza que a calçada para a qual é proposto uma cronologia romana, se conserve neste local. Na área que corresponde à zona mais baixa da encosta onde se situa Monte do Bolor 1/2 - coincidente com o troço da Via do Álamo - foram registados contextos eventualmente romanos e uma vala de despejos (?) ou fundo de cabana (?), as quais devem ser vistas em associação quer com Monte do Bolor 1/2, como com Monte do Bolor 3. Correspondeu a intervenção de 2015 a uma estrutura negativa preenchida por nove depósitos, de perfil troncocónico e planta irregular. Associados a um conjunto de materiais, enquadrável na Idade do Bronze e Idade do Ferro, essencialmente composto por cerâmica comum, fauna malacológica e objectos líticos. No que concerne a cerâmica, foram recolhidos fragmentos de exemplares de pastas grossas e finas, mas estas últimas em menos quantidade, pastas negras provenientes de cozeduras em ambiente redutor, e também fragmentos que sugerem uma cozedura em ambiente oxidante. De referir a presença de fragmentos cujas pastas são compostas por uma grande quantidade de elementos desengordurantes (quartzo e mica). Assim, embora a intervenção de Arqueologia tenha permitido uma caracterização morfológica e cronológica da estrutura e dos depósitos que a preenchiam, não resultou na recuperação de informação que potencie uma discussão da funcionalidade do contexto arqueológico identificado

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    EN528-2 em direcção a S. Brissos,junto à base aérea de Beja, segue caminho em terra batida à direita e novamente à esquerda,encontrando-se localizado no caminho que segue da Ponte de Lisboa, na margem esquerda da Ribeira do Álamo.

  • Espólio

    Cerâmica comum e cerâmica de construção.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    S - 32348 e 2005/1(413)-A

Bibliografia (0)

Fotografias (0)

Localização