Castro Verde - Basílica Real

Sítio (38516)
  • Tipo

    Igreja

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Castro Verde/Castro Verde e Casével

  • Período

    Moderno e Contemporâneo

  • Descrição

    Imóvel de Interesse Público, a Basílica Real de Castro Verde enquadrada-se no centro histórico da vila, no cimo de um outeiro com vista dominante para a envolvência. É rodeado por um adro calcetado, envolvido por um miradouro, pelo traço urbano da rua D. Afonso Henriques e pelo conjunto da Câmara Municipal. Tendo como fonte as Visitações da Ordem de Santiago podemos afirmar que a atual Matriz de Castro Verde foi construída sobre um templo mais antigo, a Igreja de Santa Maria, a certa altura também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Conceição. No que respeita à construção da Igreja de Santa Maria, não há, até ao momento, dados históricos concretos que nos permitam aproximar de uma data fundacional. No entanto, com base no descrito na visitação de 1510, podemos deduzir, pelo mau estado em que algumas partes da igreja se encontravam, que esta terá sido edificada durante o século XV. A visitação de 1510 descrevia a Igreja de Santa Maria, como estrutura conjunta de capela e igreja, com três naves; capela quadrada, de 5.5 m de lado, com um arco em tijolo com sacristia muito pequena na parte traseira, a igreja tinha 12.10 m de comprimento por 7.70 m de largura com três portas de entrada, protegidas por um alpendre de 8.40 m de comprimento e 3.65m de largura e um grande adro envolvente e torre, servida por escadaria, incompleta. As visitações de 1510 aferem a necrópole que envolvia o lugar. Meio século mais tarde, na visitação de 1565 , o local de culto surge com topónimo de Igreja de Nossa Senhora da Conceição e eram apontadas algumas diferenças estruturais no corpo do templo, como uma capela de abóboda quadrada, que servia de coro, dando depois acesso à sacristia e sendo a estrutura foi aumentada em comprimento, tendo absorvido o espaço do alpendre no corpo principal. Estes antigo edificio foi elimiado após 1573, altura em que o rei D. Sebastião terá passado pelo termo de Castro Verde, já em estado de degradação contínua tendo dado origem a nova igreja que dignificasse a vitória de D. Afonso Henriques em Ourique , período a partir do qual terá adquirido o título de Basílica. Passou a ter 16 palmos de espessura nas paredes, uma torre, duas sacristias comunicando com a capela-mor, cobertura em abóbada, revestimentos de mármore e de madeira do Brasil e ainda um órgão . Mais tarde, ao longo da 1ª metade do século XVIII, D. João V foi o responsável pela transformação do edifício que podemos apreciar atualmente, tendo o edifício sido alvo de um reordenamento estrutural e arquitetónico, passando a ter única nave, uma só porta e duas torres. Não podemos, contudo, apresentar uma continuidade histórico-arquitetónica da então Basílica Real desde o último quartel do século XVIII até à atualidade, por ausência de fontes documentais. As Memórias Paroquiais de 1758, por exemplo, não incluem quaisquer dados estruturais ou arquitetónicos acerca da Igreja Matriz. Nos anos 1980 arranjos na envolvente da Basilica colocaram a decoberto vestigios e ossadas humanas da anterior Igreja de Santa Maria / Igreja de Nossa Senhora da Conceição que ocuparia uma área que se estenderia até á zona da antiga capela de Santo António, actual edificio sede da Autarquia. Mais recentemente a área de necrópole (ou outra distinta assocaida aos edificios da Misericórdia) foi intervencionada (2018/2020) na Travessa da Igreja.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    -

  • Espólio

    -

  • Depositários

    -

  • Classificação

    Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público

  • Conservação

    -

  • Processos

    2016/1(416)

Trabalhos (1)

Bibliografia (0)

Fotografias (0)

Localização

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