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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Faro/Faro/Conceição e Estói
Romano, Medieval Islâmico, Medieval Cristão e Moderno
O sítio arqueológico de Milreu localiza-se num pequeno outeiro, na margem esquerda do rio seco, no sopé da serra de Monte Figo, perto da atual povoação de Estói, a cerca de 7 km da cidade de Faro. A implantação desta villa num território interior, na charneira entre a planície e a serra, rico em nascentes de água, permitiu o desenvolvimento da atividade agrícola, especialmente a produção de azeite e vinho. Este sítio foi identificado e extensamente escavado por Estácio da Veiga, a partir de 1877, que publicou uma planta geral muito detalhada da villa romana, na qual figuram estruturas e compartimentos que atualmente se encontram reenterrados. A partir da década de 70 do século XX, os trabalhos arqueológicos desenvolvidos no sítio arqueológico de Milreu inserem-se em projetos de investigação dinamizados pelo Instituto Arqueológico Alemão e pela construção do centro interpretativo. Os diversos trabalhos arqueológicos realizados permitiram identificar vestígios estruturais e artefactuais de uma imponente villa romana, com várias fases de construção e ocupação, cronologicamente balizadas entre o século I e o século VII d. C, bem como materiais integrados nos séculos VIII / inícios do século X. A área residencial (pars urbana) da villa de Milreu organiza-se em torno de um grande peristilum, com o pavimento revestido a mosaicos com motivos marinhos e geométricos, as paredes decoradas com pinturas, tanque central e jardim. No lado este desenvolvia-se a casa de habitação (atrium, diversos compartimentos privados e cozinha) e a oeste localizava-se o triclinium. As termas situavam-se a sudoeste, estando conservados vestígios de vários compartimentos, de um vestiário de dimensões significativas, pequena banheira de água fria, com paredes e degraus revestidos com mosaicos de temática marinha e restos dos sistemas de canalização. A Nordeste da área residencial identificam-se as estruturas funcionais da villa (pars rustica), nomeadamente os lagares para a produção de vinho e azeite, as áreas de armazenagem de produtos agrícolas (dolia) e os compartimentos destinados aos servos e escravos. Os vários projetos de construção que ocorrem na villa de Milreu entre os séculos II e IV d. C demonstram o crescimento económico e uma maior monumentalidade arquitetcónica e artística, evidenciando o elevado estatuto social dos seus proprietários. No século IV d. C. regista-se a construção, a Sul da villa, de um "edifício de culto" de planta quadrangular, prolongada para sul em abside, com cerca de 10 m de altura, elevado sobre um pódio e a área central rodeado por galeria de colunas. Este edifício apresentava imponente ornamentação, com um extenso painel de mosaico na parede do podium, repleto de motivos aquáticos, e o pavimento e as paredes revestidas de mármores policromos. Em termos arquitetónicos apresenta semelhanças com outros edifícios do Sul da Lusitânica, nomeadamente o da villa romana de São Cucufate. Inicialmente este edifício terá sido um templo associado ao culto de divindades aquáticas e posteriormente cristianizado, com a colocação no seu interior de um mausoléu e várias sepulturas e a construção de uma piscina baptismal. A villa romana de Milreu tem várias áreas sepulcrais que evidenciam as profundas transformações religiosas e rituais vividas na Antiguidade Tardia. Nas imediações do "edifício de culto" identificou-se um conjunto de inscrições funerárias em árabe, que se referem a uma família, possivelmente autóctone. Estes elementos epigráficos, a par de um conjunto artefactual com características tardias parecem indicar que a área da villa de Milreu continuou ocupada entre o século VII e as primeiras décadas do século X. A sul do "edifício de culto", sobre as ruínas romanas, situa-se uma casa rural, de planta retangular com cunhais cilíndricos, enquadrada nos modelos arquitetónicos rurais fortificados de época moderna. (C.Costeira 17/5/2018)
Terrestre
A 7 Km de Faro e a 500 metros da aldeia de Estói. Junto à estrada que segue para Olhão
Espólio das ocupações romanas: recipientes cerâmicos e materiais de construção muito diversificados. Artefactos metálicos e vidros. Esculturas em pedra: Busto de Agrippina minor (século I d. C.); busto de Adriano (século II d. C.) - Museu Arq. Inf. D. Henrique, Faro. Busto de Galieno (século III d. C) - Museu Regional de Lagos. Dois frag. de pernas de estátuas couraçadas; busto feminino acéfalo; cabeça de mulher; 2 frags. busto feminino; 2 frags. de bustos masculinos; grupo de Eros a montar golfinho; busto de Baco jovem; Lagobolon - Museu Nacional de Arqueologia (Gonçalves, 2007). Estatueta de Sileno - paradeiro desconhecido (Gonçalves, 2007). Materiais islâmicos: fragmentos de recipientes cerâmicos, inscrições árabes em fragmento de coluna.
Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique e Museu Nacional de Arqueologia
Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)
Bom
S - 00009 e 99/1(192)