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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Braga/Amares/Lago
Idade do Ferro e Romano
O povoado do Lago representa um exemplo marcante no contexto dos castros agrícolas do Noroeste português, distinguindo-se claramente dos típicos castro da região minhota, implantados em elevações proeminentes com boas condições de defesa e controle do território. Ao invés, este povoado foi implantado numa elevação de baixa altitude que se destaca no vale do Cávado, localizada na margem direita do rio, junto a terrenos férteis com potencialidade agrícola. Apresenta uma plataforma poligonal irregular aplanada e possui boas condições naturais de defesa pois as suas vertentes são bastante íngremes a Norte e Este, embora a Sul a pendente seja mais suave e a vertente Oeste seja bastante desprotegida. Assim, para colmatar os pontos fracos na defesa foram criadas a Oeste linhas defensivas e foi escavado um fosso na base da vertente. No decorrer dos trabalhos de escavação arqueológica levados a cabo por Manuela Martins, foram detetados dois sistemas defensivos distintos, um mais antigo, constituído por uma muralha de terra batida e outro mais recente, que inclui uma muralha de pedra reforçada internamente, associada a um fosso escavado na rocha, aberto na base da vertente. A estas estruturas defensivas acrescenta-se ainda a descoberta de 7 fossas, vários buracos de poste que parecem definir os contornos de uma cabana circular e algumas construções toscas, nas quais foram utilizadas pedras simplesmente partidas, sem qualquer tipo de talhe, tal como se verificou na construção da muralha. Segundo a autora dos trabalhos de escavação a identificação das fossas permite atribuir ao povoado uma função económica importante relacionada com a exploração do vale e acrescenta que este castro poderia ter desempenhado um papel importante na rede hierárquica do povoado indígena, característica dos últimos séculos antes da nossa era (Martins, 1998). No que toca ao espólio arqueológico exumado, este é constituído essencialmente por cerâmica de fabrico indígena, com características comuns à da Idade do Ferro da região. Em relação à cronologia do sítio, este povoado oferece uma sequência de ocupação que se pode dividir em duas fases: Lago I, que corresponde à Idade do Ferro Inicial e Lago II, que terá ocorrido no decorrer da Idade do Ferro Recente. A. Bettencourt refere ainda o aparecimento de "raríssimos fragmentos técnica e formalmente inseríveis na Idade do Bronze, cujas camadas estratigráficas não se identificaram", fazendo supor apenas a existência de um pequeno acampamento desse período que tenha sido totalmente destruído pelas ocupações posteriores (BETTENCOURT, 1999:1013).
Terrestre
EN 205 ao Km 45,5 parte um caminho em direcção ao rio.
Fragmentos cerâmicos típicos da Idade do Ferro e de período romano.
Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Bom
S - 00127 e 2010/1(031)