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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Beja/Ourique/Ourique
Idade do Bronze, Idade do Ferro, Romano, Medieval Islâmico, Medieval Cristão e Antiguidade Tardia
O Castro da Cola integra-se num amplo conjunto arqueológico, designado Circuito Arqueológico da Cola, constituído por diversos monumentos megalíticos (Nora Velha 1 CNS 3894; Fernão Vaz 1 CNS 10731 e 2 CNS 10730), povoado calcolítico do Cortadouro (CNS 1652), necrópoles da Idade do Bronze e do Ferro (Nora Velha 2 CNS 7593, Atalaia CNS 1635, Pêgo da Sobreira CNS 1018, Alcaria 2 CNS 11547, Casarão CNS 10729) e os povoados da Idade do Ferro Porto Lajes CNS 4077 e Fernão Vaz (CNS 3153). Este sítio localiza-se no topo de um imponente cerro xistoso, com 200 m de altitude, situado junto à ribeira de Marchicão, próximo do rio Mira, a cerca de 6 km a sudoeste da Aldeia de Palheiros e a 12 km de Ourique. Esta posição dotava-o de um bom domínio visual sobre a paisagem e garantia boas condições naturais de defesa. Os vestígios arqueológicos do Castro da Cola são conhecidos desde o século XVI, com as recolhas de André de Resende. Os primeiros trabalhos arqueológicos realizaram-se nas décadas de 50 e 60 do século XX, sendo dirigidos por Abel Viana e permitiram identificar uma longa sequência de ocupação, em que a mais antiga se integra na Idade do Bronze e a mais recente na Idade Média. Os materiais associados à primeira ocupação do Castro da Cola (Idade do Bronze) são escassos (vestígios de material pétreo vitrificado na área oeste), o que limita a sua caracterização arqueológica. Na ocupação da Idade do Ferro, o Castro da Cola seria um povoado de altura, eventualmente fortificado, que desempenharia um papel de destaque na estruturação do povoamento da área de Ourique (desta fase identificaram-se muros retilíneos e um conjunto diversificado de materiais). Durante o período Medieval islâmico (século X - XIII), o Castro da Cola era um povoado delimitado por uma fortificação de planta poligonal irregular, constituída por vários panos de muralhas, com cerca de 2,4 m de espessura e 5 a 6 m de altura, reforçada por diversas torres quadrangulares. A porta original localizava-se a norte, defendida por torre de maiores dimensões e muralha mais espessa. Este dispositivo defensivo era reforçado por cercas muralhadas, que se implantavam nos cerros vizinhos. No interior identificou-se uma área militar, composta por pátio central, cavalariças, casamatas, entre outras. Na área habitacional identificaram-se casas de morfologia retangular e quadrangular com pátio central, cisterna escavada na rocha, de abóbada semicilíndrica e bocal quadrado (medidas: 3,79 x 2,70 x 2,20) e diversas áreas funcionais (armazéns, fornos, oficinas) e vestígios de arruamentos. No reinado de Afonso III (século XIII), as muralhas e estruturas habitacionais interiores sofreram várias remodelações, construindo-se a muralha divisória do castro e vários silos nas suas proximidades. O abandono do Castro da Cola terá ocorrido de forma pouco clara durante o século XIV. (atualizado por C. Costeira, 16/01/19).
Terrestre
A cerca de 12 km a Sul de Ourique, próximo da Alcaria de Fernão Vaz.
Idade do Ferro: recipientes cerâmicos, artefactos metálicos, elementos de adorno Período Medieval Islâmico: Recipientes cerâmicos de morfologia e fucionalidade diversificada (armazenamento, de mesa e de cozinha), quantidade significativa de agulhas de fusos e cossoiros de chumbo, entre outtros.
Museu Regional de Beja Rainha D. Leonor
Classificado como MN - Monumento Nacional
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S - 00158, 2004/1(577), 7.2.1(012), 79/1(054) e S - 03147