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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Igreja
Beja/Castro Verde/Santa Bárbara de Padrões
Romano, Medieval Islâmico, Medieval Cristão e Moderno
Referenciado desde Leite de Vasconcelos (1830) como povoação romana, face à presença de alicerces, uma coluna, "opus signinum", cerâmica de construção, um cano de chumbo com 9m de comprimento. Referências à existência de sepulturas feitas de tijolo, e entre a Igreja e a aldeia e de uma eventual barragem romana. Dos anos 80 (sec XX) à actualidade em torno da Igreja é posto a descoberto um grande edifico de planta basilical, de ábside semi-circular e pequenos anexos quadrangulares, cuja cronologia dos sécs. III, IV a VI d.C. o colocaram como eventual basílica paleocristã (Maia/Maia, 1997). O alargamento do cemitério, que confina a Norte com as realidades descritas, revelou um notável conjunto de milhares de lucernas, um depósito votivo secundário de um santuário. A presença deste importante conjunto de vestígios levou a ser proposto o local com Arannis, na base do percurso da via que ligava Ossonoba (Faro) a Salacia (Alcácer do Sal), e que em Aranni entroncaria com outra via para Pax Iulia (Beja). Apesar de não ser um culto frequente em Portugal continental na representação de igrejas paroquiais , em inícios do século XVIII a imagem da Santa era "muito milagrosa" e alvo de dedicada adoração pelos romeiros que a ela acorriam todo o ano. Segundo as Visitações da Ordem de Santiago, em 1565 a Igreja de Santa Bárbara de Padrões, que se encontrava no termo da Graça de Padrões (atualmente pertencente a Almodôvar), caracterizava-se por ser uma estrutura comprida, de uma só nave, em que vestígios nas paredes indicavam a existência anterior de três naves, ou seja, havia já sido sujeita a uma remodelação estrutural. A ermida encontrava-se, no geral em mau estado. Por pavimentar, apresentava-se destelhada, com um altar rematado por um arco, ambos de alvenaria. Com cobertura de duas águas, o corpo da nave era também em alvenaria, com um alpendre a proteger a entrada. Na envolvência encontravam-se muitas tendas, onde se agasalhavam os feirantes, o que prova ter sido local de concorrida romaria. Comparativamente ao documento anterior, que refere apenas a existência do altar-mor, as Memórias Paroquiais de 1758 atestam a presença de quatro altares: o altar-mor, dois altares laterais e o altar na capela das almas, aspeto que evidencia nova reformulação estrutural da ermida. Arquitetonicamente, o edifício caracteriza-se por uma traça fortemente maneirista, com volumes sóbrios acentuados nos contrafortes rematados por pináculos e nos arcos diafragma. De reconstrução quinhentista, aponta-se como hipótese, ainda não comprovada, de que a estrutura original da Igreja de Santa Bárbara de Padrões assentará sobre uma basílica paleo-cristã ou um pequeno templo moçárabe. No entanto, é a partir da primeira metade do séc. XVI que se encontram os registos do que hoje nos é dado a conhecer como Igreja Matriz.
Terrestre
De Santa Bárbara de Padrões em direcção à igreja e ao cemitério, que lhe ficam uns 300 m a Este.
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S - 04552, 2016/1(416), 2018/1(007), 91/1(040) e 95/1(165)