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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Recinto de Fossos
Faro/Portimão/Mexilhoeira Grande
Neolítico Final e Calcolítico
O sítio arqueológico de Alcalar localiza-se na povoação de Alcalar, concelho de Portimão, abrangendo uma extensa área de cerca de 20 hectares, entre a Ria de Alvor e o sopé da Serra de Monchique. Implanta-se numa elevação amesetada, alongada no sentido nordeste - sudoeste, que se destaca na paisagem envolvente. Este sítio integra várias áreas habitacionais e uma imponente necrópole, agrupada em diversos núcleos (Alcalar Centro; Este; Oeste, Vidigal Velho, Monte Velho, Poio e Monte das Canelas), com cerca de vinte monumentos identificados, localizados nas pequenas colinas do lado norte. Estas estruturas funerárias apresentam diferentes características arquitetónicas (hipogeus, antas, tholoi), práticas funerárias e diacronias de construção / ocupação. Os trabalhos arqueológicos na área de Alcalar iniciaram-se no final do século XIX (Veiga, 1889; Rocha, 1904; Viana et al, 1953), incidindo nos contextos funerários, que pelas suas características se tornaram desde logo incontornáveis no estudo da Pré-história recente do Sul peninsular. Não obstante, S. Estácio da Veiga (1889) referir a presença de estruturas negativas tipo silo / fossa, associados a contextos de habitat nesta área arqueológica, só na década de 70 do século XX (Silva e Soares, 1976-77; Arnaud e Gamito, 1978) é que Alcalar foi reconhecido como um povoado. A partir dos anos 90 e no início do século XXI, este sítio tem integrado vários projetos de investigação (Morán e Parreira, 2004, Morán, 2014), bem como têm sido realizadas várias intervenções de emergência, de que resulta a publicação de uma vasta bibliografia. As diversas campanhas de prospeção geofísica e as escavações arqueológicas realizadas permitiriam identificar um conjunto de estruturas escavadas no substrato geológico tipo fosso, com traçados curvilíneos e sinuosos, que parecem estruturar o espaço ocupado, permitindo incluir Alcalar na categoria dos grandes povoados (recintos) de fossos do Sul da Península Ibérica. Para além deste amplo sistema de fossos, identificaram-se várias estruturas tipo silo / fossas, áreas residências (cabanas de planta circular semi-escavadas, com fundações de alvenaria), estruturas de combustão, o que par da grande quantidade de vestígios faunísticos (restos de animais e conchas) e materiais arqueológicos (artefactos de pedra polida e lacada, recipientes cerâmicos) documenta a instalação e uma comunidade neste local, que explorou diferentes recursos e construiu uma "paisagem cultural" ao longo de uma ampla diacronia, entre o final do 4º e durante o 3º milénio a. C. (3200 - 2000 a. C.). O povoado calcolítico de Alcalar corresponde a um destacado centro habitacional, social, cultural e simbólico do Algarve Ocidental, organizando uma ampla rede de espaços habitacionais e funerários / rituais com diferentes dimensões e características. Os distintos elementos arquitectónicos e a presença de múltiplos materiais simbólicos e de prestígio, alguns dos quais com origens exógenas (anfibolito, elementos de adorno de variscite, marfim, entre outros) evidencia uma crescente complexidade social das comunidades locais de Alcalar e a sua interacção com diferentes territórios peninsulares, mediterrâneos e da Europa atlântica. (actualizado por C. Costeira, 18/07/2018).
Terrestre
Localiza-se na povoação de Alcalar.
Artefactos de pedra lascada e polida, recipientes cerâmicos de morfologias variadas, elementos de adorno, artefactos simbólicos, vestígios de faunas mamalógicas e malacológicas.
José Eduardo Morais Arnaud
Classificado como MN - Monumento Nacional
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S - 02781 e S - 11303