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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Aqueduto
Coimbra/Condeixa-a-Nova/Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova
Romano
Também conhecido como Castellum de Alcabideque. O sistema hidráulico (Torre de captação de água e reservatório) do qual parte o aqueduto de Alcabideque, que alimenta Conimbriga, localiza-se na povoação homónima (Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova), a c. de 3km para Noroeste da cidade romana de Conimbriga (CNS 251). Neste local, onde é possível observar a Torre de captação de água e o reservatório, construídos na nascente de água que abastecia o aqueduto. Este, com c. de 3 km de extensão, apresenta uma conduta parcialmente enterrada, só surgindo à superfície e c. de 1,4 km da cidade romana. Referido inicialmente por J. de Alarcão e R. Étienne, em 1973, a torre de captação de água foi alvo de sondagens arqueológicas, em 2005, no âmbito de obras de requalificação. Esta sistema hidráulico (torre de captação, tanque recolector ou reservatório e aqueduto) terá sido construído durante época de Augusto, entre 20 e 15 a.C., inseridos num grande programa de remodelação urbanística e arquitectónica da cidade de Conimbriga. A localização em Alcabideque deverá ter sido escolhida em função, não só da qualidade das águas da nascente, mas também devido à sua implantação topográfica, que aliada às características do percurso, permite uma pendente reduzida, não necessitando de grandes trabalhos de escavação e /ou construção. A Torre de captação de água (castellum), de planta rectangular, apresenta uma câmara inferior, coberta por abóboda de canhão, com o extradorso em arco abatido. A técnica de construção da Torre, apresenta características típicas do período Augustano, embora alguns elementos apontem para readaptações e manutenções, posteriores. O tanque recolector (actualmente um espelho de água) foi inicialmente construído em opus caementicium, e destinava-se a reter as águas da nascente, reguladas por uma comporta. A parede que delimita o dique apresenta a face externa em degraus (3 degraus) e a face interna com uma ligeira inflexão convexa, atingindo c. de 1,20 m de altura. A água retida era canalizada para o interior da torre, passando por uma piscina de decantação, de onde partia o aqueduto. O aqueduto toma a direcção ENE/OSO, até à Serra da Ponte, continuando ao longo da vertente até Conimbriga. Inicialmente subterrâneo em c. de metade do seu percurso, a galeria apresenta 1,54 m de altura por 0,74 m de largura, embora estas medidas possam apresentar algumas variações. A c. de 1,4 km de Conimbriga emerge à superfície, assentando numa sapata junto ao solo. Já no interior da cidade, percurso do aqueduto é efectuado em arcaria, terminando numa torre de decantação. Desta torre, numa primeira fase, partia a canalização subterrânea que alimentava as Termas Sul. O aqueduto permanece em funcionamento, pelo menos, até ao séc. IV d.C., quando, ao contrário de outras construções é integrado na construção da muralha Baixo- Imperial. Segundo vários estudos efectuados, designadamente por J. de Alarcão e R. Étienne, o caudal do aqueduto seria, na sua fase inicial em período Augustano, de 18750 m3/dia, tendo progressivamente diminuindo (em parte devido às concreções calcárias) para c. de 5 700m3/dia durante os séc. III/IV d.C. [Actualizado, II, 12/Jun/2020]
Terrestre
Cerâmica comum de cronologia Moderna e Contemporânea, duas mós em tufo calcário.
Museu Monográfico de Conímbriga
Classificado como MN - Monumento Nacional
Regular
S - 07466 e 91/1(275)