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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Beja/Vidigueira/Vila de Frades
Romano, Idade Média, Medieval Cristão e Moderno
A villa romana de São Cucufate localiza-se numa extensa plataforma, pouco elevada, mas com boa visibilidade sobre a planície, sobretudo para Sul, em direcção a Beja. Esta villa apresenta uma imponente dimensão espacial. Este sítio foi identificado e primeiramente escavado por D. Fernando de Almeida, em 1970, tendo publicado uma primeira planta geral da villa. Entre 1979 e 1984, os trabalhos arqueológicos desenvolvidos inserem-se num projecto de investigação dinamizado por uma equipa luso-francesa, dirigida por Jorge de Alarcão, Robert Étienne e Françoise Mayet. No início do século XXI, as intervenções realizadas enquadraram-se num projecto de valorização do sítio. Todos estes trabalhos permitiram identificar vestígios estruturais e artefactuais de uma imponente villa romana, com várias fases de construção e ocupação, cronologicamente balizadas entre o século I e os séculos V / VI d. C., bem como um mosteiro medieval (século XIII - XIV), com reutilizações em época moderna (século XV - XVII). Os vários projetos de construção que ocorrem na villa de Milreu entre os séculos II e IV d. C demonstram o crescimento económico e uma maior monumentalidade arquitetcónica e artística, evidenciando o elevado estatuto social dos seus proprietários. Com efeito, a villa da fase III, que apresenta as estruturas melhor conservadas, evidencia uma profunda reestruturação arquitectónica, enquadrando-se no modelo das "villae áulicas". Esta villa apresenta uma planta rectangular alongada, organizada a partir de uma fachada. A pars urbana ocupava o andar superior, contento os vários compartimentos da habitação do proprietário e a pars rustica instalava-se no piso térreo, incluindo vários espaços funcionais e os compartimentos destinados aos servos e escravos. As termas desta villa também sofreram várias remodelações ao longo do tempo de utilização, mas não se identificaram mudanças tão profundas como nas áreas domésticas. No século IV d. C. regista-se a construção, a Sul da villa, de um "edifício de culto" de planta quadrada e abside a Nordeste, com muitas semelhanças arquitectónicas a outros edifícios do Sul da Lusitânica, nomeadamente os das villae de Milreu (CNS 9) e Quinta do Marim (CNS 583), localizadas no Algarve. Inicialmente este edifício terá sido um templo associado ao culto de divindades pagãs, posteriormente cristianizado, como demonstra a utilização do pátio como espaço funerário. O conjunto de sepulturas de inumação identificadas nesta área apresenta uma morfologia rectangular, com estruturas simples (reutilização de materiais de construção romanos) e raro espólio, enquadrando-se nos rituais paleocristãos do Sul da Lusitânia. É provável que no século IX - X se tenha fundado um primeiro mosteiro na área da antiga villa romana, com o reaproveitamento das suas estruturas e materiais. No século XIII (1252) este espaço foi doado aos cónegos de S. Vicente de Fora de Lisboa, que restruturaram o mosteiro e fundaram a paróquia de São Cucufate e nele habitaram até ao século XVII. Posteriormente apenas permaneceu neste espaço um frade eremitão, mantendo-se a capela em funcionamento até ao século XVIII. (atualizado por C. Costeira, 12/02/19).
Terrestre
Pela estrada que vai de Vila de Frades para Vila Alva, cerca de 1Km depois de Vila de Frades, caminho à direita.
Fragmentos de ânfora. Pedestal em mármore com relevos de Vénus e Esculápio - Sítio arqueológico de São Cucufate (Gonçalves, 2007)
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Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Bom
S - 00008