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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Porto/Santo Tirso/Monte Córdova
Idade do Bronze - Médio, Idade do Bronze - Final, Idade do Ferro, Romano e Medieval Cristão
O Castro do Monte Padrão localiza-se na freguesia de Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, distrito do Porto, a poucos quilómetros a sudoeste da sede do concelho. O sítio ocupa um esporão rochoso da serra de Monte Córdova, com uma área aproximada de 17.000 m2, localizando-se na área limite das bacias hidrográficas dos rios Ave e Leça. A sua implantação revela uma posição de destaque na paisagem permitindo um controlo dos principais eixos de circulação e proporcionando boas condições naturais de defesa. Alvo de trabalhos arqueológicos a partir de 1951 realizados por Carlos Manuel Faya Santarém e posteriormente retomados, na década de 80 do século XX por Manuela Martins, que documentou a ocupação mais antiga do povoado. Na década de 90 foram realizadas várias campanhas de investigação e de valorização, pelo arqueólogo Álvaro de Brito Moreira com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso. No decorrer destes trabalhos foi possível documentar uma longa ocupação, iniciada no Bronze Médio e que se prolonga até ao 2º quartel do século XVII. A primeira ocupação, localizada na face nordeste da plataforma superior do povoado, remonta ao Bronze Médio, tendo sido escavada uma fossa detrítica e estratos arqueológicos onde foram recolhidas cerâmicas, datados genericamente do Bronze Final, contudo a presença de um significativo número de fragmentos com decoração excisa e tipo boquique, cujos paralelos regionais sugerem uma datação entre o final do Bronze Médio e o Bronze Final Pleno, permite admitir uma primeira ocupação do povoado neste período. Nos níveis imediatamente posteriores aos do Bronze Final, em meados do I milénio a.C., o povoado terá vivido um particular desenvolvimento, tornando-se num efetivo habitat castrejo. A este momento estão associadas as primeiras estruturas habitacionais pétreas assim como uma estrutura que poderá corresponder a uma primeira linha defensiva, identificadas na face nordeste da plataforma superior, associadas a cerâmicas indígenas. O apogeu o Monte Padrão enquanto povoado castrejo verificou-se no século I a.C. sendo desta fase a maior parte das estruturas habitacionais identificadas na acrópole, as principais estruturas defensivas, alvo de restauro e ampliação neste período, assim como o balneário identificado na face sudeste do povoado. Este balneário, identificado em 2017, possui uma estrutura arquitetónica semelhante à verificada nos balneários conhecidos nesta região entre Douro e Minho, nomeadamente o da Citânia de Sanfins e da Citânia de Briteiros. Desconhece-se a unidade supra-familiar que habitava o castro mas sabe-se que integraria um vasto território definido pela serra da Agrela a Oeste, o rio Ave a Norte e o rio Leça a Sul, então territorialmente controlada pela unidade gentílica dos Fiduenae, cujo povoado nuclear seria a Citânia de Sanfins em Paços de Ferreira (Moreira, 2004). Entre a 1ª metade do século II e meados do século III assiste-se a uma profunda remodelação urbanística no Monte Padrão, com a definitiva destruição das estruturas castrejas e construção de um conjunto de edifícios na plataforma superior, de plantas complexas e de múltiplas funções. O povoado indígena, estruturado em plataformas artificiais, criadas a partir de duas linhas de muralha e organizado em núcleos familiares com a respetivas casas de planta circular, dá lugar a um conjunto de estruturas de plantas complexas. Deste período foram intervencionadas quatro domus, localizadas na plataforma superior do povoado. O declínio do Monte Padrão verifica-se a partir de meados do século III. Voltamos a encontrar o Monte Padrão ocupado entre o século X e meados do século XVII. Foi também identificada e escavada uma necrópole medieval, composta por vários tipos de sepulcros nomeadamente sarcófagos, sepulturas de tampa única e sepulturas de caixa, localizada em torno da igreja paroquial. (Actualizado em 26.03.2019 Sofia Gomes)
Terrestre
O acesso ao sitio pode fazer-se a partir da povoação de Monte Córdova, em direção a Quinchães, tomando em seguida o caminho florestal que dá acesso à Capela da Srª do Padrão, que se localiza no sopé do castro.
Cerâmico, vítreo, lítico metálico, numismático e osteológico.
Câmara Municipal de Santo Tirso e Museu Municipal Abade Pedrosa, Santo Tirso
ZEP - Zona Especial de Protecção
Regular
S - 00792, 92/1(047) e 98/1(708)