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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Santuário
Braga/Braga/Braga (São José de São Lázaro e São João do Souto)
Romano
O santuário rupestre da Fonte do Ídolo, Quintal do Ídolo, Ídolo dos Granginhos ou, como era localmente conhecido, Idro, localiza-se no centro da cidade de Braga, na Rua do Raio. O afloramento granítico, de grandes dimensões, apresenta uma orientação nordeste-sudoeste e encontra-se gravado com inscrições e figuras em alto-relevo esculpidas numa extensão de cerca de 3m que se distribuem por dois grandes conjuntos. Integram ainda este espaço um tanque com cerca de 5m por 10m e uma escadaria escavada no afloramento. A construção deste santuário rupestre é cronologicamente enquadrável no Séc. I d.C. O primeiro conjunto escultórico localiza-se do lado esquerdo do afloramento e caracteriza-se pela presença de uma figura de pé, envergando uma toga e com a face bastante erodida. Segura na mão o que tem sido interpretado como um vaso ou uma cornucópia. Este conjunto integra ainda uma inscrição com o seguinte texto: [CEL]/ICVS FRONTO/ ARCOBRIGENSiS/ AMBIMOGIDVS/ FECIT. No segundo conjunto, do lado direito, encontra-se uma edícula, com 50cm de largura por 60cm de comprimento, com um busto, de traços masculinos, no seu interior. Este elemento é encimado por um frontão, no qual estão representados uma pomba e um martelo. Na sua base encontra-se a nascente da fonte que corre por um sulco escavado no chão, para fora do tanque. Encontram-se ainda as seguintes inscrições associadas a esta escultura (por cima do ombro: CELIUS/FECIT; do lado esquerdo da edícula: TONGOE/ NABIAGOI; na base: FRONT). A primeira referência conhecida a este monumento é um desenho de Contador de Argote, datado de 1732. As intervenções arqueológicas iniciaram-se na década de 30 do século XX, permitindo recolher abundante material de construção romano (tegulae e ímbrices) e uma lápide de granito, com aproximadamente 0,50m de altura e 0,15m de largura, com a inscrição NABIAE/ RVFINA/. VSLM. A identificação desta lápide conduziu o arqueólogo Carlos Teixeira a associar este local à divindade Nabia. Nos finais da década de 80 do século XX, a área circundante à Fonte do Ídolo, de acesso ao hospital de a Rua dos Granjinhos, foi profundamente revolvida,identificando-se num dos cortes um muro. Entre 1993 e 1994 o Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga realizou vários trabalhos arqueológicos, que permitiram identificar na área norte do santuário um conjunto de canalizações e tanques romanos, possivelmente alimentados pela nascente da Fonte do Ídolo. A sul, foram identificados os alicerces de um muro da mesma cronologia. Os trabalhos de acompanhamento realizados em 2003, por Francisco Sande Lemos e José Freitas Leite, aquando das obras de valorização do monumento, permitiram identificar um pavimento enquadrável na Antiguidade tardia, que não foi intervencionado, e a sul registaram uma conduta de água romana alimentada pela fonte. As interpretações epigráficas, funcionais e simbólicas deste espaço têm sido muito diversificadas desde o início da sua investigação. Para Sande Lemos, este espaço poderá ser interpretado como um santuário particular, integrado no jardim de uma habitação na periferia de Bracara Augusta. Enquanto Manuela Martins, considera que a Fonte do Ídolo poderia corresponder a um monumento público, edificado por Celicus Fronto (LEMOS, 2006). Não obstante a diversidade de interpretações, é consensual a associação deste espaço a um santuário dedicado a uma divindade aquática. (atualizado por F. Bragança e C. Costeira, 03/07/2019).
Terrestre
O acesso faz-se pela Rua do Raio.
Fragmentos de estátuas, inscrições, materiais de construção romanos (tegulae e ímbrices).
Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa
Classificado como MN - Monumento Nacional
Bom
S - 00204