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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Faro/Monchique/Alferce
Idade do Bronze, Romano, Baixo Império e Medieval Islâmico
O sítio arqueológico do Cerro do Castelo de Alferce localiza-se no topo de uma elevação no limite oriental da serra de Monchique, com 488 m de altitude máxima, apresentando boas condições naturais de defesa e uma ampla visibilidade sobre os territórios envolventes. Esta implantação dotava-o de um importante papel no controlo das principais vias de comunicação entre o interior serrano e o litoral. Os trabalhos arqueológicos desenvolvidos no local permitiram identificar uma longa sequência de ocupação, em que a mais antiga detetada até ao momento se enquadra na Idade do Bronze (2º milénio a. C.) e a mais recente no período medieval islâmico (século VIII - X). A ocupação da Idade do Bronze neste cerro é ainda pouco conhecida, uma vez que os vestígios identificados em prospeção se resumem a fragmentos de recipientes cerâmicos produzidos manualmente (vasos globulares e taças carenadas) e a alguns líticos. A muralha que delimita toda a elevação (aproximadamente 9,5 hectares, área definida após os incêndios de 2018 por Fábio Capela), adaptando-se à topografia do terreno, com orientação norte - sul e espessura com cerca de 2,90 m, pode ter sido construída na Idade do Bronze. Os vestígios arqueológicos enquadrados na Antiguidade Tardia / Época Visigótica (século V - VIII d. C.) identificados no âmbito da escavação realizada em 2004 junto à muralha oeste da fortificação que coroa o cerro são escassos, mas permitem documentar a reocupação de sítios elevados e com boas condições de defensabilidade neste período cronológico. A ocupação medieval islâmica (século VIII - X) do Cerro do Castelo de Alferce é a que se encontra melhor preservada, correspondendo a um povoado fortificado com guarnição militar (hisn), com três recintos amuralhados. O fortim superior (provável alcácer) apresenta uma planta sub-quadrangular, com muralhas pétreas com cerca de 2,20 m de espessura e, pelo menos, duas torres nos cantos nordeste e noroeste, delimitando uma área de cerca de 1400 m2. No interior deste recinto identificou-se uma cisterna. O segundo recinto fortificado, em estudo, delimita uma provável área habitacional implantada a norte do alcácer (os dois recintos fortificados aparentam estar articulados). O terceiro recinto amuralhado, como já foi referido, poderá ter origem pré/proto-histórica, contudo é certo que foi utilizado em época islâmica (prova disso é a presença de alguns segmentos de muralha que utilizam um aparelho em opus spicatum, também existentes no fortim superior). O Castelo de Alferce apresenta características arquitetónicas e estratégias de implantação semelhantes a outros sítios do Gharb al- Andalus, como o Castelo Velho de Alcoutim, o Castelo das Relíquias ou Mesas do Castelinho, edificados em época Emiral (século IX). Este sítio terá sido abandonado provavelmente no início do século X. (actualizado por C. Costeira, 15/02/2019)
Terrestre
Estrada Municipal 1077 (direcção Silves - Alferce) - existe sinalização para o sítio arqueológico. Estrada Municipal 1073 em direcção à Fornalha e depois em direcção ao Alferce - existe sinalização para o sítio arqueológico.
Idade do Bronze: Fragmentos de vasos globulares modelados manualmente. Antiguidade Tardia e Época Medieval Islâmica: fragmentos de recipientes cerâmicos com diferentes tipologias.taças carenadas, alguidares, panelas de perfil em S, caçoilas, cântaro ou garrafa, jarrinhas, talhas,
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ZEP - Zona Especial de Protecção
Bom
S - 01283 e 2012/1(103)