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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Beja/Almodôvar/Santa Clara-a-Nova e Gomes Aires
Calcolítico, Idade do Bronze - Final, Idade do Ferro, Romano e Medieval Islâmico
O povoado das Mesas do Castelinho localiza-se na Herdade do Monte Novo do Castelinho, a cerca de 2 km a sul da Aldeia de Santa Clara - a - Nova, numa plataforma elevada, numa área de transição entre a peneplanície alentejana e o relevo acidentado da Serra do Caldeirão. Esta implantação dotava-se de um papel estratégico no controlo de um dos poucos corredores naturais entre o Baixo Alentejo e o Algarve. O sítio arqueológico Mesas do Castelinho é referido na bibliografia arqueológica desde os finais do século XIX. Os primeiros trabalhos arqueológicos neste sítio foram realizados no final da década de oitenta por Carlos Jorge Ferreira, motivados por uma significativa ação de destruição. A partir de 1989, desenvolveu-se um amplo projeto de salvaguarda, investigação e valorização da responsabilidade de Amílcar Guerra e Carlos Fabião, que tornou Mesas do Castelinho um dos mais relevantes sítios arqueológicos do Sul de Portugal para o conhecimento da II Idade do Ferro e da romanização deste território. Os materiais associados a cronologias anteriores à Idade do Ferro (artefactos de pedra polida, de bronze e fragmentos de recipientes cerâmicos) são escassos e recolhidos de forma dispersa, sem associação a contextos específicos, o que limita a caracterização desta fase de ocupação. Nos finais do século V, inícios do século IV a. C, Mesas do Castelinho era um grande povoado fortificado, estruturado em duas plataformas e adaptado ao relevo original. Desta fase identificam-se vestígios das estruturas defensivas, bem como de edifícios e compartimentos de planta retangular / quadrangular, organizados em arruamentos. O vasto conjunto artefactual (recipientes cerâmicos com funções diversificadas, grandes recipientes de armazenagem, ânforas) associado a esta fase de ocupação é composto maioritariamente por produções locais, identificando-se alguns materiais de proveniência exógena. A presença romana evidenciou-se precocemente em Mesas do Castelinho, registando-se transformações significativas na estruturação do povoado, com a desativação das muralhas, reorganização de espaços e edificação de construções mais precárias. Após prolongado abandono, o sítio foi de novo ocupado nos séculos IX e X d. C. (medieval islâmico), correspondendo a uma pequena fortificação rural com aglomerado populacional. O abandono definitivo desta ocupação está relacionado com a reorganização territorial almóada. As fases de ocupação mais intensas do povoado das Mesas do Castelinho estão associadas a momentos de fragmentação de poderes a nível local e regional. (atualizado por C. Costeira, 29/01/19)
Terrestre
Estrada de terra batida a partir de Santa Clara-a-Nova. O sítio localiza-se a cerca de 2 km daquela povoação.
Cerâmicas do calcolítico, Bronze final e Idade do Ferro. Período romano: Ânforas, sigillatas itálicas gálicas e hispânicas, paredes finas, moedas, fíbulas argolas em metal e restos osteológicos.
Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e UNIARQ - Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
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S - 04263, 94/1(034) e 98/1(756)