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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Anta/Dólmen
Aveiro/Sever do Vouga/Couto de Esteves
Neo-Calcolítico
Monumento também conhecido como Anta ou Arca da Cerqueira, Dólmen da Arca da Cerqueira ou Dólmen da Casa da Moura. O Dólmen da Pedra da Moura I / Cerqueira 1 localiza-se nas proximidades lugar de Cerqueira, (Couto de Esteves, Sever do Vouga, Aveiro), na vertente Este da Serra do Arestal (um dos acidentes que constitui o maciço da Gralheira) e integra-se na bacia hidrográfica do rio Vouga. Localiza-se no extremo Sul de uma chã, na berma de um caminho rural (CM 1489) (cuja construção destruiu parcialmente a mamoa no lado NE), perto de uma vertente abrupta de onde se avista parte do vale do Vouga. Em 1921 A. de Amorim Girão publica o seu trabalho sobre a pré-história de Lafões, referente a trabalhos de prospecção efectuados em 1917, descrevendo o monumento da Pedra da Moura como uma anta bem conservada, mas sem galeria, que teria sido destruída. Menciona ainda a existência de cinco mamoas com vestígios de monumentos megalíticos (de menores dimensões) e sinais de violação, visíveis na área envolvente. Entre Abril e Maio de 1956 este monumento (agora denominado Pedra da Moura nº1) foi intervencionada por L. Albuquerque e Castro, O. V. Ferreira e A. Viana na sequência de trabalhos de revisão da área estudada por Amorim Girão. É referido que a mamoa tinha sido reduzida em altura e parcialmente cortada por um caminho, mas conservava ainda a entrada do corredor e o interior do monumento havia sido muito revolvido. Nesta campanha foram repostas três lajes do corredor, que se encontravam caídas. Em 1988 o monumento voltou a ser intervencionado por Ana Bettencourt, tendo sido efetuadas escavações arqueológicas e ações de restauro. Em 1997, é referida a existência de arte rupestre gravada, numa publicação de F. Silva. O interior do monumento encontrava-se muito revolvido mas o estudo, efectuado por A. Bettencourt, dos materiais recolhidos nas escavações de 1988, juntamente com a revisão dos materiais provenientes da campanha de 1956, a tipologia de construção e os paralelos regionais, apontam para um monumento datado de finais do IV e primeira metade do III milénio a.C.. com uma eventual reutilização mais tardia. O monumento é constituído por câmara, corredor e mamoa. A câmara poligonal, com 3m de comprimento por 3,54m de largura e 2,18m de altura, é composta por nove esteios. Conserva ainda a laje de cobertura com 3,26m de comprimento por 3,76m de largura por e 0,45m de espessura média. O corredor, voltado a nascente e bem diferenciado da câmara, conserva ainda onze esteios (seis do lado Norte e cinco do lado Sul), com 4,40 m de comprimento conservado. A mamoa é constituída por couraça pétrea superficial sobre terras compactadas que sustêm a câmara e corredor e por um anel de contrafortagem em torno da camara e do corredor. No esteio de cabeceira foram identificadas dois círculos e dois semicírculos gravados. Este monumento está inserido numa necrópole, em que foram identificados (1956) onze monumentos (dos quais dois se encontravam totalmente destruídos). Na campanha de 1988 apenas se identificaram oito monumentos - Mamoa da Cerqueira 2/Pedra Moura 5 CNS 2043; Mamoa da Cerqueira 4/Pedra Moura 3 CNS 2284; Mamoa da Cerqueira 5/Pedra Moura 11 CNS 18485; Mamoa da Cerqueira 6/Pedra Moura 9 CNS 18506; Mamoa da Cerqueira 7/Pedra Moura 10 (?) CNS 18513; Mamoa da Cerqueira 8/Pedra Moura 10 (?) CNS 18523. (atualizado por I. Inácio, 25/02/19)
Terrestre
Pela CM - 1489 entre as povoações de Cerqueira e Cercal. O monumento encontra-se à beira da estrada, do lado esquerdo.
Nas duas campanhas de escavação (1956 e 1988) foram recolhidos, entre outros materiais, micrólitos, pontas de seta, lâminas, lamelas, lascas, núcleos, um fragmento de dormente de mó, um movente, um pequeno disco em xisto e pequenos fragmentos de cerâmica manual. Refira-se ainda dois pequenos fragmentos de diadema de ouro, recolhidos nas intervenções de 1956, entretanto desaparecidos.
Museu de Aveiro / Santa Joana e Museu dos Serviços Geológicos de Portugal
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Bom
S - 01463