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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Povoado Fortificado
Évora/Montemor-o-Novo/Santiago do Escoural
Neolítico Final e Calcolítico
O povoado do Escoural integra-se no conjunto arqueológico do Escoural, localizando-se no topo de um cerro destacado na paisagem, a cerca de 371 m de altitude, sobre a gruta do Escoural (CNS 160) e de vários blocos de calcário gravados com diversos motivos decorativos (CNS 16049), a cerca de 2 km da povoação de Santiago do Escoural. Num espaço com uma longa diacronia de ocupação (Paleolítico Médio ao Calcolítico Final), com diferentes funcionalidades, mas com um forte pendor simbólico. De facto, terá sido esta diversidade de ocupações e a identificação cronologicamente desfasada das várias áreas (gruta, santuário, povoado) que contribuiu para a sua inventariação separada. A algumas centenas de metros do Escoural importa também referir a presença de um monumento funerário tipo tholos (625), contemporâneo do povoado. No topo desta elevação, os trabalhos de prospeção e escavação desenvolvidos por Mário Varela Gomes e Rosa Varela Gomes nas décadas de 80 e 90 do século XX, permitiram identificar níveis de ocupação e estruturas pétreas de fortificação (muralhas e um torreão circular de grandes dimensões), de cronologia calcolítica (3º milénio a. C.), que sobrepunham e aproveitavam muitas das rochas decoradas. Os materiais arqueológicos recolhidos são diversificados, correspondendo maioritariamente a fragmentos de recipientes cerâmicos (com destaque para os pratos de bordo espessado e almendrado, vestígios de decoração campaniforme), alguns componentes de tear de tipo placa e crescente, fragmentos de colheres e queijeiras, pontas de seta, fragmentos de ídolos cilíndricos, vestígios de atividade metalúrgica (cadinhos, pingos de fundição, nódulos de minério), fragmentos de barros cozido e vestígios de fauna mamalógica. As estruturas e materiais calcolíticos do Escoural parecem remeter para contextos de cariz doméstico, contudo a localização e as características de ocupação anteriores (necrópole e manifestações artísticas do Neolítico final) poderiam atribuir-lhe um importante papel simbólico na estruturação do povoamento deste território. A partir do verão de 2017 têm-se desenvolvido novos trabalhos arqueológicos neste sítio arqueológico dirigidos por Rui Mataloto e Ana Vale, procurando a sua valorização e um maior aproveitamento turístico / patrimonial. (atualizado por C. Costeira, 07/11/18).
Terrestre
Acesso à gruta do Escoural.
Grande quantidade de artefactos cerâmicos diversificados: pratos de bordo espessado / almendrado ,vasos de bordo simples e espessado, fragmentos de mamilos, fragmento com impressões de grãos de trigo, fragmentos de colheres e queijeiras, componentes de tear tipo crescentes, ídolos de cornos, fragmentos de barro cozido. Material lítico: lascas, pontas de seta, faca de sílex, percutor esferoidal de quartzo e movente de granito, machados, enxós e ídolos cilíndricos; Vestígios da prática metalúrgica: pingos de fundição, nódulos de minério, escória. Material faunístico: peças e esquírolas de bovídeos, de javali/porco, ovicaprideos, cavalos.
Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, Évora , Museu Nacional de Arqueologia e Museu do Convento de S. Domingos, Montemor-o-Novo
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S - 00160 e S - 02128