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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2012
PNTA/2003 - Estudo Preliminar do Teatro Romano de Bracara Augusta
Relatório Aprovado
02/07/2012
03/08/2012
A campanha de 2011 tinha como finalidade solucionar algumas questões de pormenor que não foi possivel resolver no decorrer do "Projecto de estudo preliminar do teatro de Bracara Augusta". Assim, os objetivos definidos no plano de trabalhos passavam por prosseguir os trabalhos na zona do pulpitum, de forma a identificar novas estruturas associadas ao hiposcaenium. Por outro lado, criamos uma outra área de intervenção na área da plataforma superior norte (TR292, TR293, TR302, TR303), com o propósito de completar a escavação de uma estrutura detetada na campanha de 2006, de cronologia tardo antiga, que aproveita parte do muro perimetral do teatro, anexando-se ao mesmo. A escavação deste setor configura-se como fundamental para a datação do abandono do teatro como espaço de espetáculos e também para a compreensão dos processos de mudança ocorridos na Antiguidade Tardia (séculos V-VII) que afetaram as anteriores áreas nobres das cidades romanas, tanto do ponto de vista funcional como topo
Os dados arqueológicos alcançados na campanha de 2012 permitem-nos compreender melhor a estrutura da fossa cénica, sabemos que estava organizava com um sistema de poços verticais, alinhados N/S, escavados na alterite granítica, revelando um afeiçoamento das paredes para encaixe de estruturas de madeira, que possuíam dois elementos graníticos que se destinavam a encaixar os dispositivos de madeira que permitiam acionar o siparium, que tapava a frente cénica antes das representações. Por outro lado, a maior contribuição desta campanha de trabalhos sucedeu com a compreensão de como se estruturou a área situada a nordeste do muro de fachada do teatro no período tardo antigo. De facto, neste momento, é percetível que esse local foi ocupado por estruturas de carácter residencial/artesanal, construídas com muros de carácter bastante tosco, assentes em terra, algumas da quais reaproveitaram o muro do teatro, como acontece com uma construção de forma trapezoidal. Na área do aqueduto compreendemos que no século IV esta estrutura foi alvo de reparações em diferentes troços da conduta. É percetível que esta estrutura estava relacionada com o abastecimento de água às termas e, por outro lado, poderia estar associada à condução de água para o grande tanque que se localizava nas traseiras do teatro, área do quadripórtico. Com os dados fornecidos por esta campanha de trabalhos podemos concluir que neste momento dispomos de um conjunto de elementos que nos permitem perceber melhor a estrutura do teatro, simultaneamente, cabe referir os interessantes dados facultados pela identificação de estruturas tardo antigas que formalizam a ocupação deste setor da cidade que se sucede á desafetação do teatro.
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Fernanda Eugénia Puga de Magalhães, Jorge Manuel Pinto Ribeiro e Maria Manuela dos Reis Martins
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