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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Levantamento
2013
Trabalhos Arqueológicos na Praia da Franquia - Vila Nova de Mil Fontes
Relatório Aprovado
15/12/2013
06/10/2014
Limpeza para caracterização funcional e cronológica das estruturas postas a descoberto por corte no talude em 2012; Comentário descritivo e registo gráfico (desenho arqueológico) e fotográfico em corte (perfis verticais) e planimétrico.; Protecção física da estrutura contra a degradação provocada pela exposição atmosférica.
Foi exposto pelo corte realizado em 2012 por maquinaria na base do talude da Av. Marginal de Milfontes para nivelamento do campo desportivo da Praia da Franquia, uma estratigrafia com estruturas associadas, a 50 m para oeste do Forte de Milfontes. O perfil norte do corte expôs diversos estratos arqueológicos datáveis de entre os séculos XVII e XIX, sobrepostos por aterros de meados do século XX. Na base desta estratigrafia, foi exposto tangencialmente uma estrutura vertical (altura 0,9m) de contorno curvo e com revestimento de argamassa de cal, que se interpreta como a boca do antigo Poço do Castelo (o antigo poço do forte de S. Clemente e, possivelemente, como este de autoria de A. Massai), assinalado naquele ponto na cartografia antiga alusiva ao forte e ao porto de Milfontes e que a população idosa recorda situar-se aproximadamente no local. A estrutura do poço situa-se, portanto, sob o talude da Av. Marginal construída na década de 1970 e a maior profundidade, não tendo sido afectado pela acção de escavação de 2012. Para além de fragmentos de recipientes cerâmicos que é normal encontrar junto de um poço, o espaço serviu como vazadouro da povoação de Milfontes, após a desactivação do Poço do Castelo, entre os séculos XIX e XX, pelo que a estratigrafia inclui fragmentos de cerâmicas utilitárias comuns e de construção datáveis dos séculos XVII a inícios de XX, bem como fauna malacológica. Mas na mesma estratigrafia detectaram-se restos de talhe de artefactos líticos de quartzito e grauvaque, vestígios que se encontram igualmente à superfície do terreno em toda a vertente sobre a Praia da Franquia. No mesmo espaço, existem fragmentos de material anfórico, possivelmente de cronologia romana. Contudo, não foi esclarecido se estes últimos são deposição antiga na área ou foram ali depositados junto com as 70t de areias trazidas de outro lugar para a construção do campo desportivo.
Jorge Humberto Guilherme Costa Vilhena
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