Escavação (2018)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    22970

  • Tipo

    Escavação

  • Ano do trabalho

    2018

  • Projeto

    PIPA/2018 - Projeto de Arqueologia de Braga. Topografia, urbanismo e arquitetura

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    -

  • Data de Fim

    -

  • Objetivos

    2018 - Os trabalhos arqueológicos realizados na campanha de 2018 inseriram-se no âmbito dos objetivos delineados no respetivo Plano de Trabalhos, enviado à DGPC, a saber: 1. Continuar a escavação das sondagens abertas nos anos de 2015 e 2016 na área envolvente do teatro na plataforma superior norte da Colina da Cividade, de forma a compreender a organização e cronologia das construções que se implantaram nesse setor da cidade romana de Bracara Augusta e que apontam para uma ocupação entre os séculos I e VII. 2. Prosseguir a tarefa de caracterização das estruturas tardo antigas detetadas na plataforma superior norte da Colina da Cividade. 3. Caracterizar as estruturas datadas do século I, que se ordenam de acordo com os eixos da malha ortogonal, fundacional e compreender a sua funcionalidade.

  • Resultados

    2018 - No nosso entender, os resultados alcançados na campanha de 2018, com todas as suas limitações, podem ser considerados globalmente como bastante positivos, pois ajudaram a melhor percecionar algumas das questões que têm sido suscitadas pelas escavações realizadas na plataforma superior norte da Colina da Cividade, decorrentes da identificação do aqueduto de abastecimento de água às termas, construído no século II e da sua articulação com o conjunto das estruturas tardo antigas situadas na área nordeste da plataforma. Importará referir aqui que, na área intervencionada este ano, abordámos uma realidade completamente distinta daquela representada, por exemplo, a este do aqueduto, quer em termos cronológicos, quer em termos construtivos. Conforme referimos acima, nela foram tratados elementos relacionados com a ocupação tardo antiga deste setor da cidade, posterior ao abandono do teatro, com a sua função primeira, uma vez que sabemos hoje que, a determinada altura, o edifício foi ocupado parcialmente com novas funcionalidades, situação confirmada já em diversos locais daquele espaço. Os vestígios em questão, identificados já no decurso de campanhas anteriores, foram redefinidos, permitindo a individualização de distintos níveis de circulação e de vários níveis de abandono, que assumem um papel fundamental no entendimento da organização da área anexa ao teatro, onde foram construídas diversas construções residenciais e artesanais, articuladas de forma orgânica. A verdade é que esta intervenção, embora muito localizada e pontual, com meios muito parcos, à semelhança das anteriores, acaba por conseguir proporcionar dados bastante interessantes, reforçando aquilo que já se suspeitava a respeito da ocupação de todo o setor nordeste da Colina da Cividade na Antiguidade Tardia. Este sítio, que revela uma notável ocupação datada do século I e anterior ao teatro, com características ainda não completamente compreendidas, mas que contamos poder vir a perceber melhor com novos trabalhos, demonstra uma ocupação intensa após o abandono do edifício, associada à construção de várias estruturas de cariz artesanal/habitacional, datadas do período tardo antigo. Muito embora o grande objetivo da campanha deste ano tenha sido cumprido, no sentido de relacionar os níveis sedimentares identificados a norte e a sul da área intervencionada, e não desvalorizando os dados acima mencionados, a verdade é que, até ao momento, ainda não conseguimos obter a leitura estratigráfica desejada do setor escavado, dado o caráter pontual das últimas intervenções, nomeadamente a de 2017 e a deste ano, bem como daquelas que a precederam. Haverá, contudo, que destacar o alcance da leitura horizontal e topográfica das estruturas, que nos permite compreender a evolução arquitetónica e urbanística de um setor da cidade, que foi sucessivamente alterado, entre a época fundacional e o fim da Antiguidade Tardia, altura em que julgamos poder situar o seu abandono.

  • Responsável

    -

  • Co-Responsáveis

    Fernanda Eugénia Puga de Magalhães, Jorge Manuel Pinto Ribeiro e Maria Manuela dos Reis Martins

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)