Braga - Rua Dom Afonso Henriques

City - Roman Period e Middle Ages (11690)
Na Rua D. Afonso Henriques, no centro histórico de Braga foram identificados diversos vestígios arqueológicos, balizados cronologicamente entre o séc. I a. C. e o final do séc. XX. Destaca-se a zona arqueológica da Escola Velha da Sé, situada entre o Campo das Carvalheiras, a oeste, a Rua Afonso Henriques, a sul, e a Rua Dom Frei Caetano Brandão, a este. Os trabalhos de escavação arqueológica que, desde a década de 90, têm vindo a ser realizados no âmbito do "Projeto de Salvamento de Bracara Augusta", permitiram identificar neste local parte de uma residência urbana - uma domus - da antiga cidade romana de Braga. Esta casa, construída no séc. I, desenvolvia-se em volta de um peristilo (perystilum), espaço exterior e amplo, que na zona central poderia possuir um tanque que recolheria as águas da chuva e contribuiria para a ornamentação do espaço. Em redor do peristilo, foram identificados diversos compartimentos, como quartos (cubicula), uma possível sala de jantar (triclinium) , bem como uma provável sala de receção (exedra). O acesso ao peristilo far-se-ia por um corredor, também identificado durante os trabalhos arqueológicos e que se situaria na parte nascente da casa. Entre os finais do século III e os inícios do século IV, foi construído um balneário na parte sudoeste do espaço, sacrificando-se o peristilo. Esta zona de banhos era composta por um vestiário (adpodyterium); duas salas tépidas (tepidaria), tendo sido, numa delas, identificado um hipocausto (hypocaustum) para aquecimento do espaço; uma sala fria (frigidarium); uma sala de banho quente (caldarium), assim como outros compartimentos que estariam relacionados com o adequado funcionamento do espaço. Ao nível decorativo, é de mencionar a observação de áreas pavimentadas a mosaico, como se verificou numa possível exedra, bem como num extenso corredor que ligaria esta sala, e o balneário, a outros compartimentos da casa. Este último mosaico encontrava-se decorado com um friso de cor branca e com motivos geométricos, de cor branca e preta. O espaço habitacional foi novamente alvo de remodelações, na segunda metade dos séc. IV, que compreenderam alterações como a reparação e subdivisão de alguns compartimentos, estimando-se que o espaço terá sido ocupado enquanto habitação até cerca dos séculos VI/VII, aquando da construção de um troço da muralha visigótica na zona oeste da casa. Os dados obtidos durante os trabalhos efetuados permitiram a caracterização e compreensão do sítio, não só como espaço residencial, mas também enquanto componente da cidade romana, tendo sido estudado e mencionado em várias publicações, designadamente por F. Magalhães e J. Ribeiro.

Overview

É possível visitar, de forma gratuita, as ruínas arqueológicas da domus, situadas no edifício da junta de freguesia.

Visit conditions

By booking

Timetables

Contactar o Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga.

Contacts

Documents

    How to get there? Best practices

    Best practices

    Good practices when visiting archaeological sites

    To visit an archaeological site is to connect with our origins, to understand our path and evolution as a species integrated in the environment, and to respect and safeguard our heritage so that future generations can also visit and enjoy it.

    Walking the paths and enjoying the structures and archaeological pieces that survived over time, fosters the understanding of what is different, but also of what is common among different populations: basically, what identifies us as Homo Sapiens.

    More than just vestiges and ruins of the past, archaeological sites showcase our capacity for creative thought, adaptation, interconnection, comprehension and resilience. Without these traits we would not have been successful as cultural beings participating in an ongoing evolutionary process. These sites also allow to consider choices made in the past thus contributing for decisions in the present to be made with greater awareness and knowledge.

    Archaeological sites are unique and irreplaceable. These sites are fragile resources vulnerable to changes driven by human development. The information they keep, if destroyed, can never be recovered again.

    As such, the Directorate-General for Cultural Heritage (DGPC) invites all visitors to enjoy the beauty and authenticity of these sites, while helping to preserve them for future generations by adopting the following set of good practices:

    • Respect all signs; 
    • Do not try to access fenced areas; 
    • Do not climb, sit or walk on archaeological structures and remains; 
    • Respect areas where archaeological excavations are being carried out, not disturbing them; 
    • Do not collect materials or sediments;
    • Do not write or make graffiti on archaeological structures; 
    • Put the garbage in appropriate containers. If none exist, take the garbage with you until you find a suitable container; 
    • Leave the archaeological site as you found it; 
    • Do not drive bicycles or motor vehicles over archaeological sites; 
    • Respect and protect the plants and animals that live in the areas surrounding archaeological sites;
    • Report signs of vandalism or destruction to DGPC or Regional Directorates of Culture (DRC);
    • Share the visiting experience and the archaeological sites, as a way of raising awareness to their preservation and making them better known;
    • Do not buy archaeological materials and report to public security authorities, DGPC or DRC, if you suspect that archaeological materials may be for sale.

    Further information:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    DGPC contacts

    Phone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     


    0 Voted for this site

    Warning: Unknown: write failed: No space left on device (28) in Unknown on line 0

    Warning: Unknown: Failed to write session data (files). Please verify that the current setting of session.save_path is correct (/var/lib/php/sessions) in Unknown on line 0