Braga - Termas Romanas de Maximinos/ Alto da Cividade/ Colina de Maximinos

Baths - Roman Period e Late Roman Empire (5055)
As termas do Alto da Cividade, edifício público romano destinado à prática de higiene e lazer, situavam-se na parte central da plataforma mais elevada da Colina da Cividade, na atual rua Dr. Rocha Peixoto, na cidade de Braga. Depois da sua identificação em 1977, o espaço foi alvo de diversas campanhas de trabalhos arqueológicos, realizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, até aos finais do séc. XX, que permitiram escavar o edifício na sua totalidade e contribuíram em grande medida para o estudo da arquitetura e da evolução urbanística desta área da cidade. Através dos dados obtidos, foi possível concluir que este equipamento de banhos sofreu várias remodelações ao longo do tempo, desde o momento em que foi construído, nos inícios do séc. II, até à altura em que deixou de ser utilizado, nos finais do séc. IV. Para além das termas, foi também detetado um edifício anterior, que poderá ser inserido cronologicamente no século I, mas com funcionalidade ainda desconhecida. Inicialmente o edifício termal, construído em granito e material laterício, apresentava uma forma alongada, reduzidas dimensões (172 m2) e possuía entrada a sul. Era composto por vários compartimentos que se encontravam dispostos de modo a criar um percurso específico a seguir pelos utentes do espaço (percurso axial e retrógado). Assim sendo, o circuito começaria numa zona de vestiário (apoditério), que era aquecida no inverno e que dava acesso a uma piscina fria; seguindo-se a sala do banho frio (frigidário), que era separada do apoditério por um corredor; duas salas moderadamente aquecidas (tepidários), acessíveis através do frigidário; terminando o percurso na sala de banho quente (caldário). A partir daqui, os utentes fariam o percurso inverso até ao frigidário. O aquecimento do espaço era efetuado através de uma caixa de ar sob o pavimento (hipocausto), que se encontrava ligado à zona onde era acendida a fogueira (prefúrnio). Evidências deste sistema foram detetadas na área do apoditério, tepidários e caldário. Para além destes, foram também observados durante os trabalhos vestígios de outros compartimentos, nomeadamente um espaço de ar livre, destinado ao convívio e à prática de exercício físico (palestra); áreas de serviços e possíveis latrinas. No final do séc. II/início do séc. III, este equipamento cívico é alvo de uma reforma marcada pelo avanço da construção sobre a área da palestra e pela inutilização ou encurtamento de áreas de serviços, alterações estas que permitiram uma ampliação do espaço (atingindo os 233 m2) e uma reorganização do circuito de banhos. Contudo, só no final do séc. III e início do séc. IV é que se assiste a uma profunda transformação da morfologia e da circulação interna na área de banhos, nomeadamente com a substituição de quatro salas frias por uma sala de grandes dimensões. A última remodelação identificada no edifício ocorreu na segunda metade do século IV, com um novo reordenamento do espaço, em que se dá a inutilização da palestra, a construção de outra numa anterior área de serviços e um aumento substancial das áreas frias. É bastante credível que as termas do Alto da Cividade tivessem sido concebidas para uso da elite romana de Bracara Augusta. Factores como a sua localização privilegiada, numa zona nobre da cidade romana, nas imediações de edifícios públicos como o fórum e o teatro e que oferecia uma vista panorâmica para a envolvente; a sua ampla palestra (786 m2), que possibilitava o usufruto de jardins, a prática do desporto e a convivência social, muito apreciados pela elite; e a pequena dimensão do espaço (área coberta de aproximadamente 400 m2) que limitaria o número de utentes, apoiam esta possibilidade (Martins, 2015). A par das termas do Alto da Cividade, foram identificados outros equipamentos de banhos na cidade de Braga, como é o caso das termas da insula das Carvalheiras (CNS: 11111) e das termas da R. Afonso Henriques (CNS: 11690). (Atualizado SP 22-01-2021)

Overview

O sítio encontra-se musealizado.

Visit conditions

Entrance with admission ticket

Timetables

Segunda a Sexta-feira - 9h30/13h00 - 14h00/17h30 Sábado - 11h00/17h30 Encerra aos Domingos e Feriados.

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    How to get there? Best practices

    Best practices

    Good practices when visiting archaeological sites

    To visit an archaeological site is to connect with our origins, to understand our path and evolution as a species integrated in the environment, and to respect and safeguard our heritage so that future generations can also visit and enjoy it.

    Walking the paths and enjoying the structures and archaeological pieces that survived over time, fosters the understanding of what is different, but also of what is common among different populations: basically, what identifies us as Homo Sapiens.

    More than just vestiges and ruins of the past, archaeological sites showcase our capacity for creative thought, adaptation, interconnection, comprehension and resilience. Without these traits we would not have been successful as cultural beings participating in an ongoing evolutionary process. These sites also allow to consider choices made in the past thus contributing for decisions in the present to be made with greater awareness and knowledge.

    Archaeological sites are unique and irreplaceable. These sites are fragile resources vulnerable to changes driven by human development. The information they keep, if destroyed, can never be recovered again.

    As such, the Directorate-General for Cultural Heritage (DGPC) invites all visitors to enjoy the beauty and authenticity of these sites, while helping to preserve them for future generations by adopting the following set of good practices:

    • Respect all signs; 
    • Do not try to access fenced areas; 
    • Do not climb, sit or walk on archaeological structures and remains; 
    • Respect areas where archaeological excavations are being carried out, not disturbing them; 
    • Do not collect materials or sediments;
    • Do not write or make graffiti on archaeological structures; 
    • Put the garbage in appropriate containers. If none exist, take the garbage with you until you find a suitable container; 
    • Leave the archaeological site as you found it; 
    • Do not drive bicycles or motor vehicles over archaeological sites; 
    • Respect and protect the plants and animals that live in the areas surrounding archaeological sites;
    • Report signs of vandalism or destruction to DGPC or Regional Directorates of Culture (DRC);
    • Share the visiting experience and the archaeological sites, as a way of raising awareness to their preservation and making them better known;
    • Do not buy archaeological materials and report to public security authorities, DGPC or DRC, if you suspect that archaeological materials may be for sale.

    Further information:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    DGPC contacts

    Phone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     


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