Tholos do Cerro do Malhanito

Tholos - Calcolítico, Idade do Bronze - Final e Idade do Ferro - 1º (18537)
O tholos do Malhanito localiza-se no ponto mais elevado do cerro do Malhanito, na extremidade de um estreito istmo delimitado pela ribeira da Foupana. Arquitetonicamente, este monumento é constituído por pequeno átrio situado no limite da mamoa, corredor curto, orientado para sudeste para, de morfologia subrectangular, com cerca de 1,4 m de comprimento e 0,80 m de largura, câmara de planta subcircular, definida por 17 esteios de grauvaque estreitos e regulares. O piso do monumento encontra-se parcialmente coberto de lajes e a cobertura seria construída com o sistema de falsa cúpula. Os artefactos associados à ocupação calcolítica são muito diminutos (escopro em anfibolito, fragmentos de uma enxó, ídolo antropomórfico elaborado em seixo rolado), identificando-se no átrio e corredor, o que pode estar associado ao reduzido número de inumações e / ou aos episódios posteriores de reutilização do monumento. A construção e primeira fase de ocupação deste monumento enquadram-se no Calcolítico, registando-se reutilizações em épocas posteriores, nomeadamente a inumação de um indivíduo no final da Idade do Bronze / inícios da Idade do Ferro. Associadas a estas ocupações mais recentes recuperaram-se fragmentos de recipientes cerâmicos (taças e potes carenados e recipiente com fundo em omphalus) e artefactos metálicos (fragmentos de fíbula, anel, argola e fragmento de alfinete). Pela sua localização e cronologia de construção, este monumento pode estar relacionado com o povoado calcolítico Cerro do Castelo das Mestras (CNS 4039), implantado num cabeço a cerca de 13 km. (actualizado por C. Costeira, 23/04/18).

Informação

Informações disponíveis sobre o sítio no Guia do Núcleo Museológico de Arqueologia de Alcoutim.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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