Anta Ermida da Nossa Senhora do Livramento / Anta 7 de São Brissos

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico ( Meados do IV milénio /início do III milénio a.C. (proposta cronológica).) e Moderno (746)
Esta anta localiza-se numa encosta suave, em posição isolada e elevada sobre a planície, a cerca de 4 km de Santiago do Escoural, tendo sido incorporada numa capela dedicada à Nossa Senhora do Livramento no século XVII, evidenciando a reutilização religiosa (cristianização) de um antigo espaço de culto. Do monumento megalítico original, que correspondia a uma anta de grandes dimensões com corredor, identificam-se cinco esteios da câmara, com cerca de 3 m de comprimento e a laje de cobertura em granito, que integram o átrio da capela, e restos dos corredor dispersos a nascente. As características arquitetónicas desta anta permitem enquadrá-la cronologicamente no Neolítico Final / Calcolítico. A capela do século XVII apresenta uma planta quadrangular e abside circular, localizando-se na parede sul o nicho para a imagem da Nossa Senhora do Livramento, tornando-se um local de romarias e de culto predominantemente utilizado por mulheres. A designação desta anta e a sua proximidade com a anta 8 de São Brissos / Anta Outeiro de São Brissos (CNS 620) tem originado confusões na sua descrição e na análise dos decretos de classificação. Em 1910 classifica-se uma Anta de São Brissos como Monumento Nacional, não se especificando se este monumento megalítico está associado a uma capela. Em 1957 a Anta Ermida da Nossa Senhora do Livramento é classificada como Imóvel de Interesse Público. Assim, torna-se necessário clarificar se os dois decretos de classificação se referem ao mesmo monumento. (actualizado por C. Costeira, 27/09/2018)

Informação

Monumento megalítico integrado no Roteiro Megalítico de Montemor-o-Novo.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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