Menir de Luzim/ Marco de Luzim

Menir - Neolítico e Neo-Calcolítico (789)
O Menir de Luzim, também conhecido como "Marco de Luzim", localiza-se no lugar de Lomar, na Tapada de Sequeiros, na área limítrofe entre as freguesias de Luzim e Vila Cova e a de Perozelo, Penafiel. Encontra-se numa área pouco acidentada, entre elevações, na Serra de Luzim. É comumente referido como parte integrante do conjunto megalítico de Luzim/Tapada de Sequeiros, do qual fazem parte cinco mamoas, bem como o sítio Pegadinhas de São Gonçalo (CNS 788) onde se identificaram gravuras rupestres, alguns metros a norte do menir de Luzim. A primeira menção escrita a este monumento megalítico data de 1864, e foi feita por Simão Rodrigues Ferreira, no jornal local de Penafiel "O Século XIX", constituindo-se como a primeira referência a um menir em território português. Durante a segunda metade do século XIX, este sítio arqueológico é publicado novamente por este autor, primeiro na obra "Antiguidades do Porto" (1875) e depois nos "Anais do Município de Penafiel" (1880). José Leite de Vasconcelos (1895) também refere o monumento no primeiro volume de "O Archeologo Portugues". Na década de 30 do século XX, a convite do Padre José Monteiro de Aguiar, Joaquim dos Santos Júnior visita o menir, procedendo, na mesma altura, à escavação da base do mesmo. A esta intervenção seguiu-se a apresentação de uma comunicação no Congresso do Mundo Português, da qual resultou uma publicação conjunta (Aguiar e Santos Júnior: 1940). Em 1967 o menir é publicado por Fernando Lanhas e, em 1970, é classificado como Imóvel de Interesse Público. Na década de 80, é estudado por Vítor Oliveira Jorge (1982), no âmbito da sua tese de doutoramento sobre o megalitismo do norte de Portugal. Já no século XXI o menir é sujeito a trabalhos de limpeza (2008), tendo sido integrado no "Itinerário Arqueológico do Vale do Tâmega - Penafiel" e ligado a outros sítios arqueológicos, através de um percurso pedonal. O menir de Luzim é um monólito granítico alongado, de secção sub-pentagonal e implantado verticalmente no solo. Possui 2,15m de altura acima do solo e cerca de 2,50m de altura máxima, encontrando-se isolado e sem decoração. A sondagem de 30 cm efetuado por Joaquim dos Santos Júnior, nos anos 30, revelou que a base do menir estava rodeada por um conjunto de pequenas pedras de reforço, dispostas em cunha. A construção do menir de Luzim situa-se cronologicamente no Neolítico. (Atualizado por S. Pereira a 15-07-2019)

Informação

O sítio está preparado para receber visitas. Encontra-se adequadamente sinalizado (sinalética de direcção no caminho florestal e na estrada) e dispõe de um painel informativo. Está integrado num percurso do Itinerário Arqueológico do Vale do Tâmega - Penafiel, destinado a peões e bicicletas. Junto ao sítio existe uma faixa de 25m de extensão, destinada a estacionamento, ao lado da estrada municipal 1301. Mais informações no Museu Municipal de Penafiel e no Posto de Turismo de Penafiel.

Condições da visita

Acesso livre com informação

Horários

Contactos

Documentos

Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

1 Votaram neste sítio