Fortaleza de Faro / Muralhas de Faro

Fortificação - Romano, Medieval Islâmico, Medieval Cristão, Moderno e Contemporâneo (2995)
A cidade de Faro localiza-se numa pequena elevação, a cerca de 20 m de altitude, junto á ria Formosa, detendo um importante papel nas rotas marítimas e um destaque administrativo desde o período romano. A muralha de Faro apresenta uma planta ovalada, cercando uma área de cerca de sete hectares, construída com blocos pétreos grosseiramente aparelhados, com reaproveitamento de materiais romanos e reforçada com torres de morfologia quadrangular e semicircular / heptagonal. Esta estrutura fortificada corresponde a um traçado tardo-romano, com sucessivas fases de remodelação e reconstrução, remetendo para modelos omíadas (século IX - X), com influências visigóticas e bizantinas. De época islâmica (emiral / califal, século IX - XI) conservam-se duas portas, a do Arco da Vila, possivelmente em cotovelo e a do Arco do Repouso. A alcáçova islâmica / castelo cristão, após a conquista da cidade no século XIII, situava-se no extremo sudoeste do espaço amuralhado, no local onde atualmente se localiza a Antiga Fábrica da Cerveja da Portugália (CNS 12635). Na época Moderna, desenvolveram-se vários projetos de reconstrução e adaptação das muralhas de Faro às novas tecnologias defensivas, nomeadamente à utilização da artilharia, com o objetivo de proteger a cidade de ataques corsários e de a fortalecer no contexto da Guerra da Restauração da Independência (1640 - 1668). A cerca moderna era constituída por cinco baluartes e dois meios baluartes. Nos finais do século XVIII e ao longo do século XIX, a cidade de Faro perde a sua importância militar, ocorrendo várias demolições nas muralhas, bem como a sua integração em edifícios particulares residenciais e industriais. (actualizado por C. Costeira, 21/05/2018).

Informação

Informação e materiais relacionados com os trabalhos arqueológicos nas Muralhas de Faro disponíveis no Museu Municipal. Este sítio encontra-se integrado na Rota Omíada do Algarve.

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Acesso livre

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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