Necrópole da Serra da Brenha - Carniçosas 2

Anta/Dolmen - Neolithic (4271)
Anta integrada na necrópole da Serra da Boa Viagem e Serra da Brenha, que se estende ao longo de 13km de extensão, pela linha de cumeada da Serra da Boa Viagem, Brenha, Alhadas e São Bento. A necrópole encontra-se classificada desde 1910 como Monumento Nacional, pelo DG n.º 136, de 23 de junho de 1910. O monumento megalítico implanta-se em terreno calcário, num local destacado na paisagem e com visibilidade para o monumento mais próximo, Carniçosas 1, do qual dista 200m para Este. Este dólmen de grandes dimensões foi identificado por Santos Rocha no final do século XIX e intervencionado por este investigador em 1898. Atendendo à monumentalidade do sepulcro, ainda em dezembro desse ano o terreno onde este se implantava foi adquirido pela Sociedade Arqueológica da Figueira da Foz e em 1900 procedeu-se à construção de um muro em torno da anta, deixando de fora parte da mamoa e afetando o tumulus. O dólmen com câmara e corredor longo, orientado a nascente, apresenta um comprimento máximo de 6.8m. Integra uma câmara poligonal alargada, com 7 esteios assentes no substrato rochoso e com alguns calços na base, encontram-se ausentes 2 esteios do lado oeste da câmara. O corredor apresenta um comprimento de 3,5m, conservando 7 dos 8 esteios originais. A mamoa teria um contorno subcircular, com aproximadamente 17m no sentido N-S e 14m no sentido O-E. Em 2001, no decurso de um projeto de valorização do monumento que contou com trabalhos de escavação e restauro do dólmen, procedeu-se à remoção do muro construído no início do século XX. A intervenção no quadrante Nascente permitiu aferir que este se encontrava bastante revolvido. Foram descobertos dois elementos pétreos na área fronteira ao corredor que poderão ter feito parte desta estrutura e um terceiro elemento pétreo. Foi ainda exumada uma grande concentração de carvões, interpretada como sendo a evidência de uma fogueira realizada no local. Contudo, a análise de radiocarbono situou a data destes carvões por volta de 1900, altura da construção do muro. Após a remoção dos sedimentos acumulados nesta área foi posto a descoberto um revestimento pétreo. A decapagem da camada de terra vegetal do Quadrante Poente e Sanja Oeste permitiu a recuperação de bastantes materiais arqueológicos, que se pensa terem origem na deposição de terras, oriundas do interior do monumento, sobre a mamoa aquando da intervenção de Santos Rocha. A área do tumulus neste quadrante encontrava-se relativamente conservada e foi registada a presença de uma cinta de pedras de pequena e média dimensão que constituíam o fecho da mamoa, e a estrutura de contrafortes associada aos esteios. No Quadrante Poente e Sanja Sul, a remoção das terras superficiais revelou que esta área se encontrava bastante remexida, possivelmente devido à remoção dos esteios em falta do lado sul da câmara, situação que já se encontrava documentada na planta que Santos Rocha fez do monumento. A norte do muro, foi identificado sob a camada de superfície, um nível de terras argilosas e compactas que cobria o contraforte pétreo. Também neste sector foi identificado o fecho do monumento. Ainda que o espólio exumado em 2001 seja maioritariamente proveniente da camada superficial, resultado da acumulação de terras efetuada por Santos Rocha na intervenção de 1898, foi possível a recolha de algum material in situ procedente da camada 2. Destaca-se a presença de líticos (micrólitos, pontas de seta, lâminas e lamela), 2 contas em variscite, 1 ponta de projétil e 1 fragmento de agulha em osso. No conjunto cerâmico prevalecem as formas esféricas, as calotes de esferas, mas estão também presentes os fundos planos. Foram ainda recolhidos ossos humanos, na câmara e no corredor. A análise do espólio parece apontar para dois momentos de uso do espaço funerário, um primeiro em período neolítico e um segundo momento já em período calcolítico. (Atualizado_FB_20191007)

Overview

Existe um painel informativo junto do monumento.

Visit conditions

Free entrance

Timetables

Não se aplica

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    Documents

      How to get there? Best practices

      Best practices

      Good practices when visiting archaeological sites

      To visit an archaeological site is to connect with our origins, to understand our path and evolution as a species integrated in the environment, and to respect and safeguard our heritage so that future generations can also visit and enjoy it.

      Walking the paths and enjoying the structures and archaeological pieces that survived over time, fosters the understanding of what is different, but also of what is common among different populations: basically, what identifies us as Homo Sapiens.

      More than just vestiges and ruins of the past, archaeological sites showcase our capacity for creative thought, adaptation, interconnection, comprehension and resilience. Without these traits we would not have been successful as cultural beings participating in an ongoing evolutionary process. These sites also allow to consider choices made in the past thus contributing for decisions in the present to be made with greater awareness and knowledge.

      Archaeological sites are unique and irreplaceable. These sites are fragile resources vulnerable to changes driven by human development. The information they keep, if destroyed, can never be recovered again.

      As such, the Directorate-General for Cultural Heritage (DGPC) invites all visitors to enjoy the beauty and authenticity of these sites, while helping to preserve them for future generations by adopting the following set of good practices:

      • Respect all signs; 
      • Do not try to access fenced areas; 
      • Do not climb, sit or walk on archaeological structures and remains; 
      • Respect areas where archaeological excavations are being carried out, not disturbing them; 
      • Do not collect materials or sediments;
      • Do not write or make graffiti on archaeological structures; 
      • Put the garbage in appropriate containers. If none exist, take the garbage with you until you find a suitable container; 
      • Leave the archaeological site as you found it; 
      • Do not drive bicycles or motor vehicles over archaeological sites; 
      • Respect and protect the plants and animals that live in the areas surrounding archaeological sites;
      • Report signs of vandalism or destruction to DGPC or Regional Directorates of Culture (DRC);
      • Share the visiting experience and the archaeological sites, as a way of raising awareness to their preservation and making them better known;
      • Do not buy archaeological materials and report to public security authorities, DGPC or DRC, if you suspect that archaeological materials may be for sale.

      Further information:

      AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

      Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

      DGPC contacts

      Phone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

       


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