Anta de Agualva/ Anta do Carrascal

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico (4295)
A Anta da Agualva, também designada por Anta do Carrascal, localiza-se numa pequena elevação (158 m de altitude), junto à margem Norte da ribeira das Jardas, na povoação de Agualva. Esta anta situa-se próximo dos monumentos megalíticos Pego Longo (CNS 3518), tholos de Agualva (CNS 654) e do conjunto das Antas de Belas (Pedra dos Mouros - CNS 11301; Monte Abraão - CNS 655 e Estria - CNS 3001). Este monumento megalítico, com orientação Noroeste - Sudeste (condicionada pelas características do substrato geológico), apresenta câmara poligonal, constituída por sete esteios de calcário, seis dos quais conservados in situ e um corredor, com apenas dois esteios conservados. A câmara e o corredor apresentavam o piso rebaixado. O espólio recolhido nesta anta é muito reduzido, sendo constituído por ossos humanos muito fragmentados, artefactos de pedra lascada em sílex (pequenas lâminas, dois geométricos e um fragmento de lâmina espessa) e um braçal de arqueiro e eventualmente fragmentos de pequena dimensão de recipientes cerâmicos, que não foram relocalizados no Museu Geológico. As características arquitectónicas desta anta, os materiais recolhidos e as datações absolutas realizadas (Boaventura, 2009) permitem enquadrar a sua construção e primeira utilização nos meados / finais do 4º milénio a. C. (Neolítico Médio e final), com reocupações no final do 3º milénio a. C. / inícios do 2º milénio a.C. A Anta da Agualva / Carrascal foi identificada e escavada por Carlos Ribeiro no final do século XIX (1875), sendo referida e publicada nos trabalhos de diversos autores, nomeadamente V. Leisner. Nas décadas de noventa do século XX, este monumento foi alvo de várias intervenções de valorização, da responsabilidade de Teresa Simões. No início do século XXI, esta anta foi intervencionada por Patrícia Jordão e Pedro Mendes e o seu espólio foi estudo e publicado por Rui Boaventura (2009). (atualizado por C. Costeira, 14/05/19).

Informação

Monumento de acesso livre, integrado na Rota do Património Histórico-Cultural: Sintra Romântica.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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