Casas Velhas

Necrópole - Idade do Bronze (7751)
O monumento funerário da Palhota localiza-se no topo de um pequeno esporão aplanado na margem direita da ribeira da Cascalheira, a cerca de 300 m a sudeste do Monte da Palhota, muito próximo dos monumentos megalíticos do Marco Branco (CNS 25394), Monte Branco (CNS 1736) e Salema 2 (CNS 25400). Este monumento megalítico é constituído por uma câmara de planta sub-rectangular, com 2, 20 m de comprimento 2,0 m de largura, corredor alongado com 3, 20 m de comprimento e coberto por um tumulus, formada por blocos pétreos e terra. No interior, junto à entrada identificou-se uma estrutura com vestígios da ação de fogo. Este monumento foi ritualmente encerrado por uma estrutura de condenação que bloqueou a entrada do corredor. Na câmara identificaram-se vestígios osteológicos de cerca de cinco indivíduos e reduzido espólio composto por artefactos líticos (geométricos, pontas de seta), contas discoides de xisto, placa de xisto lisa e taça de carena média. As características arquitetónicas deste monumento e os materiais recolhidos no seu interior permitem enquadrar a sua construção e utilização no Neolítico médio / final. Na primeira metade do 2º milénio a. C. (Idade do Bronze), após o encerramento do corredor, este monumento terá sido reutilizado. A esta ocupação tardia associam-se recipientes cerâmicos e duas peças de cobre (cinzel e machado plano). A estrutura funerária da Palhota foi identificada e escavada pelo Grupo de Trabalhos de Arqueologia da Gabinete da Área de Sines, no final da década de 70 do século XX. 8atualizado por C. Costeira, 20/12/18).

Informação

Este sítio tem condições de acesso (placas de sinalização e passadiço de madeira) e placas informativas no local, integrando-se na Rota do Megalitismo de Melides.

Condições da visita

Acesso livre com informação

Horários

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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