Nora Velha 2

Necrópole - Idade do Bronze - Final e Idade do Ferro (7593)
A necrópole da Nora Velha 2 integra-se no Circuito Arqueológico da Cola, constituído por diversos monumentos megalíticos (Nora Velha 1 CNS 3894; Fernão Vaz 1 CNS 10731 e 2 CNS 10730), povoado calcolítico do Cortadouro (CNS 1652), necrópoles da Idade do Bronze e do Ferro (Alcaria 1 e 2, CNS 1075; CNS 11547, Atalaia CNS 1635, Vaga Cascalheira CNS 16488, Casarão CNS 10729, Pego Sobreiro CNS 1018) e os povoados da Idade do Ferro (Porto Lajes CNS 4077, Fernão Vaz CNS 3153) e o Castro da Cola (CNS 158) com ocupações medievais. O sítio Nora Velha 2 localiza-se na encosta suave de uma pequena elevação sobranceira ao rio Mira, a cerca de 200 m a noroeste do tholos da Nora velha 1 e a cerca de 700 m do sudeste do Castro da Cola. Esta necrópole de incineração é constituída por um agrupamento de quatro sepulturas tipo covacho, escavadas no afloramento, três pequenas estruturas tumulares de planta ortogonal, com pequenos covachos no interior e uma grande estrutura de planta circular, com moldura pétrea retangular e duas pequenas estruturas de planta ortogonal no seu interior. Em termos arquitetónicos, a necrópole da Nora Velha 2 enquadra-se nas tradições sidéricas documentadas na região de Ourique. Este contexto funerário foi identificado e escavado na década de noventa do século XX, por uma equipa dirigida por J. Morais Arnaud, no âmbito de trabalhos arqueológicos motivados por um processo de florestação. Estes trabalhos arqueológicos permitiram recuperar um diversificado conjunto artefactual, composto maioritariamente por espólio funerários (urna de cerâmica manual decorada com digitações e linhas incisas, pote com asa de ferradura e bordo plano, tijelas, um delas com mamilo perfurado, diversos fragmentos de recipientes fechados de pequena e grande dimensão com fundo plano ou em "bolacha", contas de colar de pasta vítrea, azuis escuras e oculadas, anel de bronze com conta azul, fragmento de pendente d existo, duas lanças de ferro, faca de ferro alcatada e dois espetos), bem como alguns materiais de outras cronologias como uma pequena taça carenada integrada na Idade do Bronze e alguns fragmentos de recipientes cerâmicos islâmicos (asas de pote, vidradas). As características arquitetónicas e rituais desta necrópole permitem enquadrá-la cronologicamente na Idade do Ferro (entre os finais do século IX a.C. e os finais do século V a. C.). (atualizado por C. Costeira, 08/01/19).

Informação

O sítio tem condições de visita, estando integrado no Circuito Arqueológico da Cola, com informações disponíveis no Centro de Acolhimento do Castro da Cola e Posto de Turismo de Ourique.

Condições da visita

Entrada livre associada a estrutura museológica

Horários

Centro de Acolhimento do Castro da Cola: 01 de Maio a 15 de Setembro - 09h30 - 12h30 | 15h00 - 18h30. 16 de Setembro a 30 de Abril - 09h30 - 12h30 | 14h00 - 17h30. Encerra às terças e quartas-feiras de manhã, dia 01 de Janeiro, Domingo de Páscoa e dia 25 de Dezembro.

Contactos

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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