Pedra dos Mouros/ Senhor da Serra

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico (11301)
O monumento funerário da pedra dos Mouros faz parte do conjunto megalítico das Antas de Belas localizando-se numa rechã, a cerca de 200 m de altitude, no interior da Quinta do Senhor da Serra, a 400 m a poente da capela do Senhor Jesus da Serra. Esta estrutura encontra-se em posição isolada, mas próximo da Anta do Monte Abraão (CNS 655), com a qual estabelece contacto visual e da Anta da Estria (CNS 3001). Este monumento megalítico é constituído por uma câmara de planta poligonal, da qual se conservam três esteios de grandes dimensões de calcário, muito inclinados. Um dos esteios apresenta uma gravura, provavelmente elaborada em cronologias mais recentes, uma vez que esta anta era associada a diversas lendas e romarias. O espólio identificado nesta anta é constituído por artefactos de pedra lascada em sílex (lâmina, lamelas, lascas, raspadores e furadores), machado de pedra polida elaborado em calcário, fragmento de lúnula com perfurações e recipiente cerâmico globular. Apesar do mau estado de conservação desta anta, as suas características arquitetónicas e os materiais recolhidos permitem enquadrar a sua construção e utilização nos últimos séculos do 4º milénio a.C. A anta da Pedra dos Mouros / Senhor da Serra foi identificada e escavada por Carlos Ribeiro na segunda metade do século XIX (Ribeiro, 1880), sendo referida e publicada nos trabalhos de diversos autores (Boaventura, 2010). (atualizado por C. Costeira, 24/04/19).

Informação

O monumento encontra-se em mau estado de conservação, mas faz parte do núcleo das Antas de Belas.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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