Anta Grande da Comenda da Igreja

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico (616)
A anta Grande da Comenda da Igreja localiza-se no topo de uma colina, na margem direita da ribeira do Lavre, numa paisagem com uma expressiva presença de monumentos megalíticos. Este imponente monumento megalítico é constituído por uma câmara de planta poligonal (com cerca de 4,5 m de diâmetro), formada por oito esteios graníticos, com cerca de 6 m de altura, coberta por uma grande laje, que atualmente se encontra fraturada, e por um corredor longo, com cerca de 11 m de comprimento, formado por esteios com 2 m de altura, subdivididos em duas secções. No exterior identificam-se vestígios do tumulus que cobria o monumento. No interior do monumento identificou-se um vasto e diversificado espólio, composto por artefactos líticos lascados (núcleos, lâminas, micrólitos, maioritariamente trapézios, punhais, alabardas e cerca de 20 pontas de seta) produzidos em distintas matérias-primas como o sílex e quartzo, artefactos de pedra polida (machados, enxós, goivas), recipientes cerâmicos com características morfológicas diversificadas (taças carenadas, pratos, globulares), conjunto significativo de placas de xisto gravadas, placas de arenito, alfinetes de cabelo em osso, pendentes zoomórficos, elementos de colar em pedra verde (talco, moscovite, variscite), lignite, fluorite e âmbar com diferentes tipologias. Este monumento megalítico foi escavado no final do século XIX e ao longo do século XX por José Leite de Vassconcellos (1898), Manuel Heleno (1931) e Mário Varela Gomes (1980). As características arquitetónicas desta anta permitem enquadrá-la cronologicamente no Neolítico Final / Calcolítico (3500 - 2500 a. C.). (actualizado por C. Costeira, 28/09/2018).

Informação

Monumento megalítico integrado no Roteiro Megalítico de Montemor-o-Novo.

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Acesso livre

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Contactos

  • Telefone: (+351) 266898100
  • Email: geral@montemorbase.com
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Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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