Torre de Alcofra

Tower - Middle Ages (14931)
A Torre de Alcofra localiza-se na povoação de Cabo de Vila, (Alcofra, Vouzela, Viseu), numa posição dominante na vertente oeste da serra do Caramulo, controlando um vale e as várzeas férteis do rio Alcofra. As referências mais antigas a Alcofra, designadamente ao couto de Alcofra, remontam a D. Afonso Henriques, pelo que, apesar da existência da torre não ser referida, é possível que a construção inicial deste edifício possa remontar ao século XII. Também se poderá colocar a hipótese de a sua origem ser mais antiga, inserida no sistema de defesa da zona de Lafões, após a conquista de Viseu (1058), eventualmente com a dupla função de torre senhorial e vigia. Pela sua tipologia, de "torre senhorial" poderá datar do século XIII/XIV, integrada no fenómeno de afirmação da baixa e média nobreza, verificado durante estes séculos. Esta estrutura enquadra-se na tipologia das casas fortes (domus fortis) medievais, de forma cúbica, com grossas paredes, no presente caso construídas em granito, com pisos/salas sobrepostas, às quais se acede apenas pelo interior. No presente caso, a Torre de Alcofra apresenta três pisos: o piso intermédio, onde se abre uma porta sobrelevada, de acesso ao exterior; um piso térreo, ao qual se acedia apenas pelo interior, possivelmente com funções de celeiro/armazém, onde são visíveis três pequenas aberturas em cada fachada, as quais teriam funções de arejamento, entrada de luz e possivelmente seteiras; um piso superior, que serviria como área habitacional, com uma janela em cada fachada. Estas janelas permitiam a entrada de luz e também o domínio sobre a paisagem envolvente. A implantação deste tipo de casa forte, normalmente em zonas de vale, junto a linhas de água e a espaços agrícolas férteis, funciona como um símbolo de senhorio num território bem demarcado, dominado a paisagem envolvente. A Torre de Alcofra apresenta uma planta quadrangular, medindo exteriormente cerca de 6,30m em cada fachada. A porta em arco ogival, aberta na fachada sul, situa-se a cerca de 3 metros do solo, pelo que o acesso à torre seria efetuado através de escadas amovíveis, possivelmente em madeira, conjugando aspetos habitacionais e militares/defensivos. No interior, a separação entre os pisos, e as escadas de acesso entre os mesmos, seriam em madeira. No exterior encontram-se gravadas as letras "AMBDM". Este edifício terá sofrido obras de requalificação em 2002. Juntamente com as Torres de Alcofra (CNS 14931) e de Vilharigues (CNS 3437) constitui o conjunto de três torres ainda existentes no concelho (uma quarta torre - Bandavises - terá sido destruída no século XIX). Trabalhos recentes de investigação permitiram a identificação de três outras torres senhoriais: Loumão, Levides e Sacorelhe. [atualizado por I. Inácio, 11/04/19]

Overview

O sítio tem condições de visita. Presença de painel explicativo no local. Centro de apoio / museu. Informação disponível no site da Câmara Municipal de Vouzela.

Visit conditions

Free entrance associated with a museological structure

Timetables

Condicionado ao Centro de apoio/museu.

Contacts

  • Telefone: Posto de Turismo de Vouzela (antigo mercado municipal, Rua João de Melo) 232 740 070
How to get there? Best practices

Best practices

Good practices when visiting archaeological sites

To visit an archaeological site is to connect with our origins, to understand our path and evolution as a species integrated in the environment, and to respect and safeguard our heritage so that future generations can also visit and enjoy it.

Walking the paths and enjoying the structures and archaeological pieces that survived over time, fosters the understanding of what is different, but also of what is common among different populations: basically, what identifies us as Homo Sapiens.

More than just vestiges and ruins of the past, archaeological sites showcase our capacity for creative thought, adaptation, interconnection, comprehension and resilience. Without these traits we would not have been successful as cultural beings participating in an ongoing evolutionary process. These sites also allow to consider choices made in the past thus contributing for decisions in the present to be made with greater awareness and knowledge.

Archaeological sites are unique and irreplaceable. These sites are fragile resources vulnerable to changes driven by human development. The information they keep, if destroyed, can never be recovered again.

As such, the Directorate-General for Cultural Heritage (DGPC) invites all visitors to enjoy the beauty and authenticity of these sites, while helping to preserve them for future generations by adopting the following set of good practices:

  • Respect all signs; 
  • Do not try to access fenced areas; 
  • Do not climb, sit or walk on archaeological structures and remains; 
  • Respect areas where archaeological excavations are being carried out, not disturbing them; 
  • Do not collect materials or sediments;
  • Do not write or make graffiti on archaeological structures; 
  • Put the garbage in appropriate containers. If none exist, take the garbage with you until you find a suitable container; 
  • Leave the archaeological site as you found it; 
  • Do not drive bicycles or motor vehicles over archaeological sites; 
  • Respect and protect the plants and animals that live in the areas surrounding archaeological sites;
  • Report signs of vandalism or destruction to DGPC or Regional Directorates of Culture (DRC);
  • Share the visiting experience and the archaeological sites, as a way of raising awareness to their preservation and making them better known;
  • Do not buy archaeological materials and report to public security authorities, DGPC or DRC, if you suspect that archaeological materials may be for sale.

Further information:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

DGPC contacts

Phone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 


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