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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Categoria A - ações de investigação
2001/2006
Aprovado
Monte Mouzinho trata-se de um castro romanizado de grande extensão, localizado no concelho de Penafiel. Este sítio tem sido sistemáticamente estudado e intervencionado, encontrando-se sob direcção do Professor Doutor Carlos Alberto F. Almeida e da Professora Doutora Teresa Soeiro. É a esse trabalho de Investigação que pretendemos agora dar continuidade, tendo como objectivo: 1- dar continuidade à investigação arqueológica d castro, no sentido de perceber a ocupação mais tardia do povoado, procurando definir os "hiatos" entre os séculos III, IV e V, através do estudo das áreas ocupadas e espólio relacionado; 2- Dar continuidade ao projecto de valorização cultural e turística da estação, através da implementação de estruturas e infra-estruturas de um futuro parque arqueológico.
Fizeram-se varias campanhas de escavação no Monte Mozinho. Conseguiu-se escavar a provável muralha visível através de um talude que circunda todo o povoado. No primeiro sector de intervenção, na parte alta do povoado, foi posto a descoberto um conjunto de muros articulados entre si, formando o que à primeira vista foi interpretado como uma casa relativamente grande, organizada à volta de um pátio central, em L, que seria descoberto ou, quando muito, parcialmente coberto. Como se tratava de uma área já anteriormente escavada, forneceu apenas material comum romano, já tardio na sua maioria, embora com exemplares do Alto-Império. Foi ainda posto a descoberto um pequeno troço de um muro romano que, apesar da sua pouca largura, parece corresponder a um muro delimitador do povoado, na sua maior extensão. Não foi detectada a necrópole. Foi identificado, aquando das movimentações de uma máquina para a instalação de uma fossa, um forno cerâmico. Foi identificado um primeiro nível muito revolvido, o qual forneceu bastante cerâmica, mas naturalmente descontextualizada. O espólio parece revelar tratar-se de uma estrutura tardia, já que se encontram ausentes as cerâmicas de tradição castreja. Foi também identificada um troço da muralha, a qual data do período de Augusto, assim como um piso seu contemporâneo, feito com pedra rolada e sobre o qual ficaram as marcas de uso, onde haveria certamente uma passagem na muralha, corroborada por um piso de terra batida do lado interior. Os trabalhos efectuados em Monte Mozinho têm proporcionado bastantes resultados. Nas duas últimas campanhas de escavação, pôs-se a descoberto um troço de muralha mais extensa do povoado, num percurso de cerca de 30 metros com alturas variáveis entre 2,20 m e 30 cm. A largura média é de cerca de 1,20 m. O material fornecido não foi, nesta zona, muito variado, sendo basicamente cerâmico (em várias pastas e cozeduras), algumas de época castreja, a maioria já romana. Para além da muralha, encontra-se um troço de lajeado com pedras irregulares.
Teresa Maria Gomes Pires de Carvalho
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