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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Categoria A - ações de investigação
1999/2006
Aprovado
Definição da sequência crono-estratigráfica de ocupação da bacia do Côa durante o Paleolítico superior, comparação com as sequências arqueológicas das regiões litorais e avaliação da continuidade de exploração da região.
Realizaram-se varias campanhas de escavação no Sítio do Fariseu, dando como resultado pela 1ª vez a oportunidade de observar a relação de um painel gravado com níveis de habitat do Paleolítico superior; prova arqueológica da idade Paleolítica destas gravuras e, por comparação estilística, de outras do Côa, e indicam a possibilidade de conservação de sedimentos aluviais do Pleistocénico superior, em condições geomorfológicas especiais, no limite do leito de cheia do Côa. Um seixo de xisto gravado fornece a 1ª referência estilística da fase mais recente de ocupação da região durante este período. A localização do sítio corresponde à maior concentração de rochas gravadas no Vale e permite prever a conservação de níveis de ocupação no troço do Côa a jusante de Fariseu. A descoberta de plaquetas de xisto gravadas que pela sua densidade homogénea permitem que este Sítio seja uma referência para a arte móvel do fim do Paleolítico Superior. Realizou-se uma campanha de escavação no sítio da Ínsula II, os resultados obtidos confirmam a conservação de vestígios de ocupação do Gravettense, acumulados no topo de uma sequência aluvial, que sofreram processos erosivos revelados por uma fraca representação dos vestígios de menos de 1 cm. A topografia permite avaliar em cerca de 100 m² a área de conservação dos vestígios. As observações tecnológicas e tipológicas indicam a predominância de vestígios aquecidos, e uma atribuição ao Gravettense final (datado pelo radiocarbono de cerca de 22.500 B.P.) ou Protosolutrense (cerca de 21.500 B.P.). A fraca espessura de sedimentos sobrepostos ao topo da camada 2 não permite uma datação por processo TL dos termoclastos. No sítio da Quinta da Barca Sul, as campanhas de escavações permitiram pôr à vista o nível de ocupação do Magdalenense final conservado a cerca de 80cm de profundidade, numa área de 30m quadrados. A análise estratigráfica do corte de referência permitiu observar a existência de mais um nível de ocupação humana, associados a lajes de xisto queimadas, de um conjunto sedimentar ainda não detectado. Este apresenta características sedimentológicas que indicam uma deposição por um processo aluvial, de cronologia anterior à ocupação humana datado tipologicamente e por TL do Tardiglaciar. A descoberta, num contexto estratigráfico e arqueológico bem definido, de um seixo de xisto com duas faces gravadas com motivos geométricos, fornece uma nova referência. Integra-se morfo e estilisticamente no grupo dos seixos gravados e pintados azilenses de França e Espanha. Os resultados obtidos revelaram vestígios de ocupação durante diversas fases do paleolítico superior no locus de Olga Grande 14, de orientação oposta à Olga Grande 4. Este dado revela a forte densidade de ocupação do planalto granítico. O estudo geológico em curso da sequência de Olga Grande 4 e 14 fornece argumentos novos para interpretar estas implantações. A provável existência de água acumulada nos terrenos, sugerida pelas figuras pedológicas, descritas por F. Sellami na camada 3b, subjacente à ocupação gravetense, pode ter constituído um factor decisivo de implantação humana, talvez ligada à frequentação do planalto de grandes herbívoros. Os resultados da análise espacial baseada nas remontagens e micromorfologia indica uma boa preservação espacial dos vestígios do Gravettense e do Tradiglaciar, e a melhor conservação, por razões de ordem geológica, da repartição espacial dos vestígios e das estruturas de habitat, nas áreas localizadas nas imediações do afloramento granítico. As varias campanhas de escavações en Cardina 1, permitiu obter uma planta de repartição espacial da totalidade dos elementos pétreos da base da camada 4 e observar a organização estratigráfica à escala macroscópica e microscópica dos sedimentos. Os dados obtidos diferem fundamentalmente das observações efectuadas nos níveis de ocupação gravettense dos sítios do planalto granítico de Olga Grande 4 e 14, embora tipológicasmente sejam semejantes.
Thierry Jean Aubry
Jorge Davide Marinho Simões Sampaio
François-Xavier Chauvière (Investigador)