Traballhos arqueológicos na Av. Santa Joana e Av Araújo e Silva - Aveiro

Projeto arqueológico
  • Designação

    Categoria C - ações preventivas

  • Ano do Início/Conclusão

    /

  • Estado

    Aprovado

  • Objetivos

    Para o acompanhamento em epígrafe foram definidos, no respectivo Plano de Trabalhos, como objectivos: efectuar o Acompanhamento Arqueológico, de forma presencial e sistemática de todas as actividades de revolvimento de solos, relacionadas com a obra, com o objectivo de identificar e, salvaguardar, da melhor forma possível e em diálogo com a Tutela, os elementos patrimoniais que vierem a ser identificados.

  • Resultados

    De acordo com a cartografia histórica o local localiza-se historicamente a sul e extramuros da cidade de Aveiro, embora na envolvente imediata do recinto muralhado (cerca Sul e Porta de Vagos) estando separado deste apenas por uma via de circulação que ligava a zona de Santiago ao Esteiro do Côjo. A propriedade localizava-se igualmente nas proximidades da Igreja de São Francisco e do Bairro das Olarias devendo resultar desta proximidade os interfaces negativos identificados escavados no substrato argiloso de base, possivelmente resultantes da extração de argilas para a laboração das oficinas e industrias cerâmicas localizadas a Este da propriedade entre esta e o Esteiro do Côjo. Até aos anos 40 do século XX, a cartografia consultada, incluindo os levantamentos aerofotogranométricos mostram uma propriedade rústica progressivamente integrada na área urbana da cidade. A cartografia do século XVIII, inclusivamente, mostra a propriedade ocupada por uma densa vinha e algumas árvores de fruto. As progressivas expansões da área central da cidade, que levaram inclusivamente à demolição das suas muralhas, alteraram a envolvente da propriedade, rasgaram novas ruas, e posteriormente, novas avenidas, criaram novos bairros que ditaram a demolição de alguns dos principais monumentos da cidade e a propriedade, foi também ocupada por edificações. Procurando refazer a ocupação, possivelmente durante o século XVI a propriedade em estudo, e possivelmente as propriedades que com ela confinam, terão sido utilizadas para a extração de argilas para o funcionamento das oficinas de oleiros, esta utilização terá criado os interfaces negativos [50], [55], [60], [67] e [81], que foram posteriormente preenchidos com depósitos secundários resultantes dos rejeitos dessas mesmas indústrias e que formaram as unidades de enchimento na base desses mesmos interfaces: [51], [56], [63], [61] e [68]. A cronologia estimada, com base na análise do espólio cerâmico,fundamentalmente das faianças exumadas, apontam para uma cronologia de finais do século XVI, século XVII para o primeiro despejo e para os finais do século XVIII, século XIX, para o segundo grande despejo, que integra igualmente indústrias líticas sobre lasca, cuja proveniência se desconhece.

  • Responsável

    NÃO SE APLICA

  • Co-Responsáveis

    Luciana Paula Ribeiro de Jesus

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)