Trabalhos arqueológicos nas Escadinhas de Santo Estevão, Lisboa

Projeto arqueológico
  • Designação

    Categoria C - ações preventivas

  • Ano do Início/Conclusão

    2014/

  • Estado

    Aprovado

  • Objetivos

    -

  • Resultados

    O edifício era um imóvel provavelmente construído no século XVII, reconstruído no século XVIII, após o terramoto de 1755, sofreu remodelações e obras de restauro ao longo do século XIX e o seu piso térreo serviu de ferraria na transição do século XIX para o XX. Após a desativação da ferraria teve grandes remodelações em inícios do século XX, durante a 1.ª República, desnivelou pisos e abriu brechas com o tremor de terra de 1968 do qual resultaram várias obras de reparação e, por fim, também na segunda metade do século XX com a construção de equipamentos de casa de banho, cozinha e outros. Encontrava-se muito arruinado, era habitação de toxicodependentes e tinha como uso servir de "casas de banho pública". Como tal, todos os lixos e equipamentos recentes tiveram de ser totalmente retirados do local. As estruturas arqueológicas encontradas durante os trabalhos resumiram-se a dois fornos/forjas de uma ferraria do século XIX, com os respetivos pisos de tijoleiras vermelhas, alguns muito carbonizados e deteriorados, bem como bolsas de cinzas com rejeitos de peças metálicas e abundantes escórias de fundição. Devido à presença da ferraria e dos respetivos fornos/forjas, o edifício que se encontra a oeste não existiria no século XIX, havendo, provavelmente, um caminho/rua entre a Igreja de Santo Estêvão e a Muralha Fernandina a 40 metros de distância. Durante as sondagens, na A3, foram encontrados alguns enterramentos (dois) inseridos nos perfis Norte e Oeste. Após a intervenção de antropologia os mesmos ficaram no local e foram protegidos com duas camadas de geotêxtil e de areia. Os enterramentos tinham sido efetuados em áreas de declive (encosta sul/sudeste) da Igreja, e estavam inseridos em contextos de solos com lixos urbanos dos séculos XV-XVI. Também ficou protegido parte do chamado Piso 2 da ferraria com dupla camada de manta geotêxtil.

  • Responsável

    NÃO SE APLICA

  • Co-Responsáveis

    Bruno Ferreira da Silva e Vítor Rafael Cordeiro de Sousa

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)