Trabalhos arqueológicos na Rua dos Lagares - Lisboa

Projeto arqueológico
  • Designação

    Categoria C - ações preventivas

  • Ano do Início/Conclusão

    2014/

  • Estado

    Aprovado

  • Objetivos

    Trabalhos de prospeção geofísica: teve como objectivo a identificação de vestígios de quaisquer elementos enterrados que pudessem corresponder a estruturas urbanas antigas, identificar a profundidade do soco rochoso e por fim identificar a presença de algumas infraestruturas enterradas. Pese embora estes objetivos fossem, em primeira análise, de natureza arqueológica e patrimonial, a campanha de prospecção geofísica que agora se reporta foi desenhada de molde a produzir também informação relevante para a tomada de decisões de engenharia, nomeadamente no que respeita à estabilidade e integridade do edificado existente

  • Resultados

    A prospeção geofísica demonstrou que a área de estudo não apresenta uma grande quantidade de anomalias tendo sido possível identificar com bastante precisão a presença de alguns muros que merecem comprovação e caracterização através de sondagens no local. No que respeita à profundidade do leito rochoso, este aparenta encontrar-se a uma profundidade de aproximadamente 2 metros. No que respeita à confrontação dos resultados da campanha geofísica com a cartografia histórica, podem-se tirar as seguintes conclusões: (1) não deverão existir estruturas de época moderna no local (não se podendo excluir a existência de outros vestígios de épocas anteriores que não tivessem sido cartografados), uma vez que a cartografia apresenta este local como área não edificada; (2) é possível que tivessem existido estruturas no local da construção antes da implantação do jardim; no entanto, também é possível que a estrutura apresentada na cartografia de 1761 corresponda já ela ao jardim, uma vez que a construção desta foi feita numa posição elevada em relação à rua; (3) o jardim actual remonta, pelo menos, a 1780 pelo que qualquer anomalia encontrada através de GPR e a nível superficial deverá corresponder a diferentes fazes de arranjos do jardim; (4) a cerca conventual está representada na cartografia de 1807, passando numa área a NE da área de estudo, pelo que não deverão ser encontrados vestígios desta estrutura na área estudada. Não se pode excluir a existência de outro tipo de vestígios (não estruturados como sejam enterramentos humanos ou acumulações de materiais arqueológicos).

  • Responsável

    NÃO SE APLICA

  • Co-Responsáveis

    Edgar Filipe Ferreira Matos, Filipe Alexandre Santos Oliveira, Inês Amélia Costa Ferreira Mendes da Silva, João Nuno Marques dos Santos Miguez, Lotte Verena Cornélia Plag, Maria João de Sousa Neves, Marina Jacinta Ordaz Paiva Pinto, Mónica Alves Ponce e Tiago Correia Malhão Nunes

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)