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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Muralha
Lisboa/Torres Vedras/Santa Maria, São Pedro e Matacães
Idade Média, Moderno e Contemporâneo
A Porta da Corredoura situa-se no centro histórico de Torres Vedras, confrontando a sul com a Rua Cândido dos Reis (antiga Rua da Corredoura) e o Chafariz dos Canos (MN), em cuja zona de proteção se insere. Implanta-se na zona baixa da cidade, em leito de cheia do Sizandro, formado por terrenos de aluvião, resultantes do assoreamento provocado pelas sucessivas inundações, que lhe elevaram as cotas do terreno. Zona agrícola (quintais e hortas), confinada com habitações, até à expansão urbanística do final do século XX. Aquando do cerco do Mestre de Avis, em 1385, a vila ainda não era amuralhada, havendo indícios de que, em 1393, já seriam conhecidos planos para a construção de uma muralha que a cercasse e protegesse. Em 1442 já estaria construído um troço da muralha junto do chafariz, havendo uma referência às portas da vila, em 1599. No local de intervenção situava-se a porta da Corredoura, que ainda subsistia em 1712. No entanto, em 1758 já não existiam vestígios visíveis, quer das muralhas, quer das respetivas portas, para além de alguns achados soterrados, postos a descoberto aquando da realização de obras de construção. No ano de 1859 foram encontrados vestígios desta porta, que incluíam elementos do seu arco e do trancadouro. A demolição de antigas edificações na Rua Cândido dos Reis, no final de 2000, com vista à abertura de um novo arruamento, levou o Museu Municipal Leonel Trindade a realizar um conjunto de sondagens arqueológicas no local. Numa das sondagens realizadas foram encontrados os alicerces de um troço da antiga muralha, que surge de noroeste e, formando um ângulo muito aberto, chegava quase perpendicularmente à Rua Cândido dos Reis. A estrutura arquitetónica apresenta uma espessura de 2 m a 2,3 m. As faces externas são construídas em cantaria e o interior é preenchido por terra e pedra miúda. Assenta num embasamento de blocos de pedra paralelepipédicos, dispostos verticalmente sobre o solo. A confluência com a Rua da Corredoura confirma, igualmente, a existência de uma porta no local. Foi ainda detetada a antiga vala real, imediatamente a nascente da muralha, por onde corriam as águas excedentes do Chafariz dos Canos. Foram recolhidos 1.419 fragmentos de objetos. Mais de metade dos achados são cerâmicas, faianças e porcelanas dos séculos XIX e XX. Na sondagem onde se detetou a muralha a maioria dos materiais datavam dos séculos XVI a XVIII, nomeadamente loiça de mesa e de cozinha, escassos fragmentos de cerâmica sevilhana esmaltada (século XVI), cerâmica pedrada (séculos XVI/XVII), tacinhas modeladas (século XVII) e uma moeda de D. João V. Foi recolhido um fragmento de cerâmica romana e o bordo de uma bilha medieval.
Terrestre
Rua da Corredoura, atual Cândido dos Reis, no centro da cidade de Torres Vedras.
As sondagens 1 a 3 forneceram espólio maioritariamente dos séculos XIX/XX (faiança de pó de pedra, porcelana, cerâmica vidrada, botijas de grés, louça de barro fosco, cerâmica de construção), algumas faianças do século XVIII e raras peças foscas da Idade Moderna. Na sondagem 4, a maioria dos materiais datavam dos séculos XVI a XVIII, nomeadamente loiça de mesa e de cozinha, escassos fragmentos de cerâmica sevilhana esmaltada (século XVI), cerâmica pedrada (séculos XVI/XVII), tacinhas modeladas (século XVII) e uma moeda de D. João V. Da sondagem 4 é ainda proveniente, um fragmento de bordo de bilha, decorado com dedadas, datável dos séculos XII/XIII, bem como um fragmento de uma possível ânfora romana.
Museu Municipal Leonel Trindade - Torres Vedras
Em Zona de Protecção de Monumento Classificado
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S - 15387, 2001/1(148) e 2005/1(021)