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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Castelo Branco/Covilhã/Orjais
Romano
Chã/terreno plano a cerca de 500m a Oeste do Rio Zêzere, na sua margem direita onde foram identificados alguns fragmentos de cerâmica comum (dolia) e de construção (tegulae), e ainda terra sigillata hispânica, vidro e uma base de coluna, muito dispersos por uma área aproximada de 15.000m². Segundo as "Memorias Parochiaes" de 1758, consta por tradição de pesoas antigas que no campo em que está cita a dita Capella da Senhora das Luzes estivera cituada huma Cidade por nome Argel o que se faz crível por no mesmo citio apparecerem algumas pedras com letreiros do Templo de Cezar, e se acharem algumas moedas de metal amarello do Emperador Antonino; e que neste mesmo citio ao romper da Aurora se déra huma batalha contra os Mouros que venceram os Christãos por intercessão de Nossa Senhora, a quem invocarão com viva fé: de cuja batalha lhe ficou o nome de Senhora das Luzes (Tomo XXVI, fl. 318; cit. AZEVEDO, Arch. Port., VI, p. 69). Tavares Proença, a propósito de "Orjaes", refere: "A pequena distancia d'esta povoação no campo aonde hoje se vê a pequena capella da Senhora das Luzes apparecem com frequencia vestigios romanos. Existe d'essa procedencia um pedaço d'imbrex e um pequeno bronze romano no Museu de C. Branco" (1910 a: 12). Jorge de Alarcão, por sua vez, faz referência a vestígios superficiais que se estendem por uma vasta área (1993: 39). Embora a área de dispersão de vestígios não seja muito vasta, nem tão pouco são extremamente significativos os materiais que se encontram à superfície, há uma série de indicadores, que permitem classificar este sítio como possível capital de civitas. Se não o for, este teria que, pelo menos, ser classificado como villa, face ao tipo de materiais que podem ser vistos nas imediações da capela ou que se encontraram na povoação de Orjais (podendo alguns ser provenientes deste lugar). Entre os materiais que se encontram junto à capela destacamos alguns elementos arquitectónicos, como sejam, a base de coluna monumental (Carvalho, 2003: Est. V. 1) e, numa quinta contígua, duas pedras almofadadas, um fuste e uma pequena base de coluna. Sobre este lugar de particular devoção das gentes locais, são vários os relatos que sublinhavam a sua antiguidade e importância. Todos eles têm como denominador comum a referência a uma grande trovoada e enxurrada que, há cerca de 40 ou 50 anos, terá colocado a descoberto "restos de casas antigas" entre a capela da Senhora das Luzes e a estrada nacional. Um morador assegura também que, quando plantou as oliveiras existentes junto à Capela, descobriu uma grande pedra com "letras romanas" bem gravadas (encontrar-se-á ainda enterrada no local). Referência ainda para uma doação régia à Sé de Braga, datada de 5 (?) de Dezembro de 1132, que menciona um "Castelo de Luzes": Est et enim quodam castrum in radice montis Eremi contra horientem in diocesi Egitanie situm et uocatur Luzes et peccatis exigentibus depopulatum et solo tenus destructum (...) ea scilicet conditione ut uos populetis illud pro posse (DMP, vol. I, t. I, DR, p. 152, n.º 130). Corresponderá a este lugar?
Terrestre
Caminho de terra batida que dá acesso à capela de Nossa Senhora das Luzes. A cerca de 500m a Oeste do Rio Zêzere.
Cerâmica comum (dolia) e de construção (tegulae), e ainda terra sigillata hispânica, vidro e uma base de coluna
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Regular
2000/1(069)