Quinta do Ralo

Sítio (16047)
  • Tipo

    Casal Rústico

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Castelo Branco/Covilhã/Vale Formoso e Aldeia do Souto

  • Período

    Romano

  • Descrição

    Em encosta voltada a Sudeste, a cerca de 700m a Oeste do Rio Zêzere, foi detectada uma área com cerca de 1.500m², com dois pesos de lagar, cerâmica de construção (tegulae) e cerâmica comum (dolia). Leite de Vasconcelos (1934: 24-25) refere que ao Museu Etnológico foi oferecida a seguinte inscrição: REBVRRVS / TAI · IOVI · OP / TIMO · MA / XVMO / V S (cf. foto Catálogo Rel. Lusit., 2002: 418, n.º 82); e acrescenta: esta "desenterrou-se no sítio do Raro, subúrbios da Aldeia do Mato, ao arrotear-se terreno para uma vinha"; e acrescenta: "por aí havia tijolos soltos no chão, e assentos de paredes muito bem feitos". Uma vez que é o sítio de maior entidade identificado nesta zona do Ralo, poderá ser este aquele que é referido por Leite de Vasconcelos e L. Plácido e C. Marques (1980: 5) como "Raro"; se assim for, será daqui que provém a ara a Júpiter. Parece-nos ainda que este sítio, em grande parte destruído por uma surriba para plantação de vinha, poderá corresponder àquele que J. Alarcão designa por "Vinha" (1993: 38, n.º 67), onde diz ter recolhido tegulae e "um pequeno fragmento de sigillata de Andújar". Este sítio parece ainda ser localizado por J. Alarcão (1993: 39, n.º 75) junto a Orjais, onde se encontra uma marco geodésico designado de "Raro". A ambiguidade da informação disponível não permite rejeitar liminarmente esta hipótese. Aliás, ainda que no "Raro" não tenhamos encontrado vestígios romanos, o achado de uma inscrição a Júpiter neste local faria inclusivamente mais sentido, face à proximidade de Orjais, que presumimos ser aglomerado populacional importante. Todavia, se Leite de Vasconcelos refere que o achado se efectuou nos "subúrbios da Aldeia do Mato" (na proximidade da actual Vale Formoso), julgamos mais aceitável a correspondência entre o "Raro" mencionado por Leite de Vasconcelos e o actual topónimo "Ralo" junto a Vale Formoso. O peso de lagar encontra-se reutilizado num muro divisório de propriedade, junto a um caminho. A ara a Júpiter encontra-se hoje depositada no MNA (N.º 999.148.1).

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Encosta voltada a Sudeste, a cerca de 700m a Oeste do Rio Zêzere.

  • Espólio

    Dois pesos de lagar, cerâmica de construção (tegulae) e cerâmica comum (dolia).

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Regular

  • Processos

    2000/1(069)

Trabalhos (1)

Bibliografia (1)

Contributos para uma carta arqueológica: Belmonte às faldas da Estrela (1998)

Fotografias (0)

Localização