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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Coimbra/Penela/São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal
Romano
A Villa romana de S. Simão foi identificada, em 1902, no adro, via pública e terrenos adjacentes, a norte, da Capela da Nossa Senhora da Graça, em S. Simão, no fértil vale do Rio Dueça, na bacia hidrográfica do Mondego, União de Juntas de Freguesia de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal, Concelho de Penela, Distrito de Coimbra. A Villa pertenceu ao território do antigo Município de Conimbriga, Conventus Scalabitanus, Província da Lusitania. Após um breve estudo do material exumado na escavação de 2015, podemos inferir que este sítio teve uma ocupação balizada entre os séculos I/II d.C. e o século IV d.C. Assim nos indicam os materiais de importação, as sigillatas e os numismas identificados até à data. Esta investigação apresenta-se como um contributo ao estudo da ocupação rural na área de Conimbriga, sendo que na região já se conhece a Villa romana do Rabaçal, com implantação no território desde século III d.C. até finais do século V d.C. Conhecem-se ainda os achados romanos provenientes de Podentes, o recentemente escavado Casal romano e Estação Viária da Eira Velha (Chão de Lamas, Miranda do Corvo) - século I a IV d. C., e a Villa romana de Santiago da Guarda (Ansião) com ocupação no século IV. A Villa romana de S. Simão era uma unidade agrícola e como tantas outras escavadas até à data, possuía a residência senhorial, habitação do proprietário rural, apetrechada de todas as comodidades possíveis, com o objetivo de suavizar o isolamento do campo, sem perder o hábitos adquiridos na vida citadina. Assim, para além da residência senhorial teriam ainda o edifício de banhos (balneum) e os equipamentos necessários ao bom funcionamento da exploração agrícola (pars rustica, pars frumentaria ou fructuaria). Não se conhece a localização do edifício de banhos, nem se sabe onde estaria localizada a sua área rústica. Os numerosos achados efetuados nas campanhas pontuais, até ao momento, revelam-nos a presença de materiais diferenciadores, indicadores de um estatuto social elevado e de relação próxima com a cidade. Destacam-se as decorações arquitetónicas de revestimentos parietais em pintura mural e estuques moldados, para além dos pavimentos musivos policromos. Parece-nos, nesta fase do estudo, que o material descoberto tem grande afinidade com o identificado na Civitas de Conimbriga. Após o abandono e desmoronamento do edifício o espaço terá servido como chão sagrado, dando lugar a uma necrópole de época moderna (século XV). Mais tarde esquecido e abandonado pela população, o chão agrícola ganha terreno e cobre as memórias do passado. O espaço foi ocupado após o abandono/destruição da casa romana como ermida, mosteiro ou uma capela, com certeza. A atual Capela da Senhora da Graça aparenta ser de construção recente. No entanto, a necrópole de século XV, no mínimo, induz à presença de um templo anterior. A presença da capela torna-se interessante dado que nos contextualiza os enterramentos. A existência de enterramentos na via pública coloca-nos a hipótese de o templo original ser mais sul.
Terrestre
Estrada Nacional 110 (IC3), na reta antes de chegar a Serradas da Freixiosa. Seguir até ao agro da Capela da Senhora da Graça, na localidade de São Simão.
Telhas, tegulas, imbrex, tijolos, um tijolo segmentar de coluna, fragmentos soltos de pavimento de mosaico policromo e de opus signinum, tesselas, mós manuais, pesos de tear, cerâmica comum, moeda, conchas de ostra.
Museu da Villa Romana do Rabaçal/ Villa Romana - Espaço Museu
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S - 16649, 2006/1(546) e 2010/1(427)