Capela da Igreja de São Pedro

Sítio (16810)
  • Tipo

    Capela

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Lisboa/Alenquer/Alenquer (Santo Estêvão e Triana)

  • Período

    Idade Média, Moderno e Contemporâneo

  • Descrição

    Esta capela foi edificada para albergar o túmulo de Damião de Góis e terá sido reconstruída aproveitando elementos estruturais e decorativos renascentistas provenientes do que restava da Igreja de Santa Maria da Várzea. A capela da Igreja de São Pedro tem uma planta quadrangular com contrafortes nos dois cunhais exteriores, cobertura de telha a três águas e abóbada de cruzaria de ogivas e bocetes decorados. Apresenta uma dimensão bastante inferior à da Igreja, situando-se em frente ao altar. Nele está assentado o túmulo deste famoso humanista, constituído por laje sepulcral retangular, de mármore, situado no pavimento da capela: partida em três mas entretanto reconstituída, possuía moldura que enquadra a descrição latina e figura a data da sua construção - 1560. O acesso ao sepulcro faz-se pela sua remoção de uma laje do mesmo material, também retangular, que originalmente, possuiria para o efeito duas argolas de bronze. Na parede lateral direita encontra-se uma lápide com inscrição latina, de forma retangular, posta ao lado e rematada por medalhão com cabeça esculpida, parcialmente mutilada, que presumivelmente representa o inumado. Na parede lateral esquerda, é possível observar uma pedra com as armas de Damião de Góis e de sua mulher, Joana Van Hagen, enquadrada por pilastras jónicas e entablamento com vários elementos decorativos. Os trabalhos de acompanhamento em 2002 permitiram verificar a existência de centenas ossos humanos, em deposição secundária, no exterior da igreja, correspondendo a um ossário completamente descontextualizado. Isto terá acontecido, provavelmente, devido a obras que tiveram lugar no interior da igreja, nos anos 60 do século XX, durante as quais o soalho foi removido e substituído. Provavelmente terá sido nessa ação que surgiram as ossadas, que foram recolhidas e depositadas no exterior da igreja. Junto do espólio osteológico encontravam-se também fragmentos de azulejos semelhantes ao que se existem no interior, assim como outros materiais mais recentes.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Localiza-se no largo de São Pedro na parte Alta da Vila de Alenquer.

  • Espólio

    Fragmentos de telhas, vidros, cerâmica comum e vidrada, de azulejos, de pregos e ainda uma medalha em bronze.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    ZEP - Zona Especial de Protecção

  • Conservação

    Bom

  • Processos

    S - 16810 e 2000/1(847)

Bibliografia (10)

As vertigens de Damão de Góis. Revista de História (1922)
Causas de Morte de Damião de Goes (2006)
Damião de Góis (1987)
Damião de Góis e D. António Pinheiro: apontamentos para a biographia do chronista de D. Manuel (1895)
Damião de Góis e a Inquiição de Portugal: estudo biographico (1859)
Damião de Góis e a sua sepultura em Alenquer. Boletim da Junta de Província da Estremadura (1945)
Damião de Góis:a Igreja de Nossa Senhora da Várzea, a campa do chronista, inscripções, os brasões dos conjuges (1898)
O livro negro da inquisição: a reconstituição dos grandes processos: processo de Damião de Góis. (2001)
O retrato de Damião de Góis por Alberto Durer: processo e história de uma atoarda (1943)
Sobre uma pretensa ossada de Damião de Góis. Jornal do Médico (1946)

Fotografias (0)

Localização