Capela Serra São Julião

Sítio (16852)
  • Tipo

    Inscrição

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Lisboa/Torres Vedras/Carvoeira e Carmões

  • Período

    Romano

  • Descrição

    A Capela de São Julião localiza-se num cabeço sobranceiro à estrada da povoação, a cerca de 225 metros de altitude. Desde meados do século XVII é conhecida a existência de epígrafes romanas nesta capela. Uma das epígrafes, bem como um fragmento de ara, estariam embutidos na fachada poente que teria sido ocultada, há algumas décadas, pela construção da capela mortuária. Outra epígrafe estaria a ser reaproveitada como pedra de altar e terá sido colocada, mais tarde, na Quinta de A da Rainha. Neste local também existia uma outra epígrafe que terá tido a mesma proveniência. Na capela foram identificadas três epígrafes romanas, datadas de entre os séculos I e II: uma placa monumental, provavelmente pertencente a um jazigo familiar, dedicada a Quinto Cecílio Ceciliano - de origem itálica e magistrado municipal de Olissipo - e ao seu filho Marco Cecílio Avito, que servia, no século XVII, de mesa de altar, uma estela, descoberta em 1919 por Aurélio Ricardo Belo, dedicada a Mascelio Severo e uma terceira, aplicada na fachada principal da capela, que será uma placa ou cipo funerário, dedicada a Labéria Avita. No adro foi também identificado o fragmento de uma cupa e, no muro que o delimita, encontra-se embutido o que resta de um sarcófago, mutilado em meados do século XX. Nos cortes abertos junto à capela, observou-se e existência de um alinhamento de pedras calcárias de média dimensão que podem indiciar a presença de sepulturas em caixa, mas não se detetaram vestígios osteológicos. No corte e no talude sobranceiro à estrada detetaram-se alguns fragmentos cerâmicos que parecem apontar para uma cronologia romana. Estes achados indiciam que os monumentos epigráficos possam ser provenientes da área envolvente, onde se poderá ter localizado a zona sepulcral de uma villa romana situada a poucas centenas de metros do local (Ameixoeira).

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Ir até a aldeia da Serra de São Julião, subir toda a aldeia até ao local onde se encontra a capela.

  • Espólio

    Epigráfes romanas.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Destruído

  • Processos

    S - 16852 e 2001/1(148)

Bibliografia (7)

Descripção Historica e Economica da Villa e Termo de Torres Vedras. Memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa (1819)
Inscrição funerária da Serra de S. Julião (Conventus Scallabitanus). Ficheiro Epigráfico (2001)
Inscrições romanas do Museu Municipal de Torres Vedras. Conimbriga (1982)
Inventário do Património Natural e Cultural - Fichas do Património Arqueológico de Torres Vedras (2021)
Romanos e Bárbaros na região de Torres Vedras. Torres Vedras - Nova História Local (2018)
Uma perspectiva sobre a epigrafia funerária latina da região de Torres Vedras. Turres Veteras - História da Morte (2004)
Vestígios Romanos no Território de Torres Vedras. O Ager Olisiponensis e as estruturas de povoamento (2021)

Fotografias (0)

Localização