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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Abrigo
Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Paleolítico Médio e Magdalenense
O sítio denominado Abrigo do Poço - Abrigo da Ribeiro das Chitas 4 corresponde a um sítio do tipo Abrigo, cronologicamente enquadrado Paleolítico Médio / Paleolítico Superior/ Magdalenense Final. O local encontra-se integrado na Área de Sensibilidade Arqueológica denominada "Ribeira das Chitas". Durante as prospeções realizadas em 2002, detetou-se uma concentração de material lítico, na plataforma em frente ao Abrigo, bem como dois cortes intactos, com material arqueológico in situ à entrada. Na entrada do abrigo, a uma cota superior, verificaram-se vários fragmentos de fauna malacológica e alguma indústria lítica em quartzito e sílex (esquírolas, resíduos de talhe, lamelas, lascas de sílex e quartzo, núcleo em quartzito e buril sobre sílex). Reportou-se também a presença de termoclastos, de que não se conhece a origem (antrópica ou natural). O material recolhido, com cronologia do Paleolítico Superior final, poderá provir de escorrências do talude de preenchimento do Abrigo do Poço. A datação atribuída a este sítio arqueológico é enquadrável no Magdalenense final. Em 2015 os trabalhos do projeto EcoPlis confirmaram o potencial arqueológico do sítio. O depósito parece encontrar-se in situ, em muito boas condições de preservação. Nestes trabalhos não foram encontrados vestígios arqueológicos pertencentes ou ulteriores à Pré-história Recente. A grande quantidade de carvões e termoclastos, associada à presença de conchas marinhas e estuarinas (tendo em conta a distância relativamente ao mar e a cota relativamente à base do vale) e à presença de indústria lítica talhada, corroboram a presença humana no sítio. A cronologia do sítio, com base nas características dos materiais líticos encontrados, deverá enquadrar-se, provavelmente, no Paleolítico Médio. Em 2016 foram desenvolvidos mais trabalhos arqueológicos, ainda no âmbito do projeto EcoPLis. Fora da pala o depósito parece ser constituído por dois contextos: um epipaleolítico, datado do Boreal, e um subjacente com material de adelgaçamento bifacial e aparentemente solutrense. Em ambos os casos, os líticos talhados apresentam as arestas ainda muito afiadas e abundam os elementos de muito pequena dimensão. Destes factos infere-se a boa preservação do pacote artefatual. Em 2017 foram abertas duas sondagens no abrigo sobre a pala do abrigo principal. Verificou-se um preenchimento sedimentar muito bem preservado em dois cortes, com inúmeros fragmentos de fauna malacológica, carvões e indústria lítica em quartzito e sílex in situ, estando uma parte considerável desse depósito afetada por tocas. A pala sobre o Abrigo do Poço parece constituir um outro abrigo muito erodido e praticamente todo lavado de sedimentos. Porém, no seu setor Este, verificaram-se vestígios arqueológicos indicadores de uma ocupação do final do Neolítico, mas em muito reduzida quantidade, podendo resultar de materiais provenientes do planalto sobranceiro à vertente.
Terrestre
Da estrada que sai de Ramalharia para sul, chegando-se à ponte que atravessa a Ribeira das Chitas, segue-se por caminho de pé posto pela margem direita até cerca de 150m, encontrando-se o sítio na vertente, junto a um poço.
Núcleos, lascas e uma lâmina retocada em sílex, termoclastos, de que não se conhece a origem (antrópica ou natural), material talhado (esquírolas e resíduos de talhe, lamelas, pequenas lascas de sílex e quartzo, buril sobre sílex lascas retocadas) núcleos em quartzito, fauna malacológica (amêijoa) e mamalógica (fragmentos ósseos e dentários, entre os quais de coelho), um fragmento de uma possível ponta de seta e algumas peças de talhe bifacial, fragmentos de carvão, fragmentos de pontas foliáceas e lascas de adelgaçamento bifacial no contexto solutrense e fragmentos de cerâmica pontilhada no contexto neolítico.
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Bom
S - 17018, 2000/1(175), 2001/1(238), 2004/1(199) e 2014/1(285)