Castro da Curvaceira/Castro do Amaral

Sítio (18155)
  • Tipo

    Povoado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Lisboa/Alenquer/Carregado e Cadafais

  • Período

    Neo-Calcolítico e Idade do Bronze

  • Descrição

    Povoado localizado num vasto planalto alongado, delimitado por escarpa, com uma visibilidade de longo alcance. O sítio foi descoberto em inícios do século XX, na sequência de prospeções de Hipólito Cabaço e Sousa de Alte. Neste local foi recolhido, em meados do século XX, um machado plano de cobre, um talão de machado de anfíbolito, um seixo talhado de quartzito e alguns fragmentos de cerâmica, atualmente depositados no Museu Municipal de Alenquer. Os trabalhos de escavação realizados em 2014 permitiram identificar a presença de uma muralha no local mais vulnerável do povoado, e materiais de ampla cronologia (Calcolítico, Idade do Bronze e do Ferro, Romano e Medieval) dispersos por todo o sítio. É ainda de referir que não foram identificadas nesta campanha estruturas conservadas no interior do povoado, para o qual terá contribuído a prática agrícola mecanizada e a escassa potência estratigráfica. No âmbito dos trabalhos de prospeção de 2019, para a revisão do PDM de Alenquer, foram observados alguns alinhamentos pétreos e alguns moroiços de pedras mas não foi recuperado nenhum elemento artefactual devido à densa vegetação presente no local.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    O sítio localiza-se no cabeço onde está implantado o marco geodésico do Amaral, e mais recentemente um parque eólico, fazendo-se o acesso através do caminho que atravessa a povoação de Casal das Balas, seguindo depois em caminho de terra batida até ao topo do cabeço.

  • Espólio

    Material lítico (lascas, lâminas, esquirolas e uma raspadeira em sílex), um machado plano de cobre, um talão de machado de anfíbolito, alguns fragmentos de cerâmica comum manual, alisada em ambas as superfícies e um numisma hispano-cartaginês com cronologia posterior a 221 a.C. Da campanha de 2014 é de referir a presença de vários fragmentos de taças carenadas e peças com decoração brunida; da Idade do Ferro ocorrem ânforas, pithos, cerâmica comum diversa, cerâmica cinzenta, uma conta de colar oculada e um fragmento de fíbula. Do período romano destacam-se ânforas republicanas e já de cronologia imperial um fragmento de terra sigillata hispânica.

  • Depositários

    Extensão de Torres Novas e Museu Municipal de Alenquer

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Em Perigo

  • Processos

    S - 18155, 2000/1(847) e 2001/1(095)

Bibliografia (17)

A Baixa Estremadura dos finais do IV milénio A.C. até à chegada dos romanos: um ensaio de história regional (2004)
A Idade do Ferro Orientalizante no vale do Tejo: as duas margens de um mesmo rio. Territorios comparados: los valles del Guadalquivir, el Guadiana y el Tajo en época tartésica (2017)
A Pedra de Ouro (Alenquer) : uma leitura actual da Colecção Hipólito Cabaço. Trabalhos de Arqueologia (2007)
A estação arqueológica de Cabeço de Moinhos. Breve Notícia. Actas do 2º Congresso Nacional de Arqueologia, Coimbra, 1970 (1971)
Alenquer nas Épocas Pré e Proto-Históricas (1955)
Aspectos da proto-história do território português 1. Definição e distribuição da cultura de Alpiarça (Idade do Ferro). Actas do 3º Congresso Nacional de Arqueologia, Porto, 1973 (1974)
Castelo da Pedra de Ouro. Anais da Academia Portuguesa da História (1966)
Castro do Amaral. Boletim da Sociedade de Geografia (1963)
Circulação monetária na Estremadura portuguesa até aos inícios do séc. III. Nvmmvs (1997)
Estações arqueológicas do Amaral ou das Curvaceiras (Alenquer). Boletim da Sociedade de Geografia (1973)
Fenícios e Indígenas em contacto no Estuário do Tejo. Ophiussa (2017)
Guerras e conflitos no Vale do Tejo na Antiguidade. O testemunho dos tesouros monetários. IPPC - Arqueologia no Vale do Tejo (1987)
La fin de l'Age du Bronze dans le Centre-Portugal. O Arqueólogo Português (1983)
Novos dados sobre a presença fenícia no Vale do Tejo. As recentes descobertas na área de Vila Franca de Xira. Estudos Arqueológicos de Oeiras (2011)
O "Bronze Atlântico" em Portugal. Actas do 1º Seminário de Arqueologia do NW Peninsular, Guimarães, 1979 (1980)
O povoamento romano em torno do Monte dos Castelinhos. Em busca de Ierabriga. O sítio arqueológico de Monte dos Castelinhos, Vila Franca de Xira (2015)
Seis machados do Castelo da Ota e uma lâmina de punhal de S. João de Abrantes ou as culturas de cobre e de bronze na bacia do Tejo. Actas das 1ªs Jornadas Arqueológicas, Lisboa, 1969 (1970)

Fotografias (1)

Localização