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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Moinho de Água
Leiria/Leiria/Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Idade Média, Moderno e Contemporâneo
O sítio denominado Ex-Paço Episcopal corresponde a um sítio do tipo moinho de água e edifício, cronologicamente enquadrado na Idade Média/Época Moderna/Época Contemporânea. Este sítio integra-se em Área de Sensibilidade Arqueológica designada "Ex-Paço Episcopal" e ainda na zona considerada como Conjunto de Interesse Arqueológico. O sítio localiza-se na baixa da cidade de Leiria, na margem esquerda do rio Lis, cujo leito já ali havia passado até ao século XVIII, altura em que foi desviado para Este. Em finais do século XIX, provavelmente em 1870, foi ali construído um edifício onde mais tarde se instalaria o Episcopado da Diocese de Leiria. Os trabalhos arqueológicos realizados entre 2001 e 2002, no âmbito de recuperação e ampliação do edifício, identificaram a existência de 5 realidades de depósito, tendo, no geral, todas, alguns resíduos e valas naturais do antigo leito do rio Lis. Foram identificadas cinzas e carvões em grande quantidade, material osteológico faunístico, fauna malacológica, cerâmica doméstica e de construção e escória. A quarta camada corresponderia ao nível original aquando da construção da estrutura do moinho e na quinta camada apareceram madeiras usadas na fundação do edifício. A estrutura arqueológica descoberta (parte de uma azenha/um moinho de rodízio, possivelmente do século XIII) foi encontrada na área central, no lado Noroeste, entre os 1.50m e os 4m de profundidade. Caracterizava-se por dois arcos de volta perfeita e um arranque de um terceiro arco, em aparelho misto de calcário. Em relação com esta estrutura registaram-se também alguns muros e um poço. Crê-se que esta área seria onde corria o antigo leito do rio Lis, a Este, e uma levada, a Oeste, havendo uma azenha que laboraria neste local. Posteriormente terá existido uma reconstrução da azenha. Esta seria, provavelmente, retangular, localizando-se, sob o seu piso, a engrenagem da roda motriz e, por cima do piso, os engenhos de moagem. O edifício teria uma planta longitudinal e as mós dispor-se-iam em linha, num amplo compartimento. O edifício albergava o sector da moagem enquanto a habitação do moleiro estaria no corpo ao lado da moenga, para Noroeste. As valas e baixios existentes nesta área terão sido alternadamente entulhadas, com abundância de cerâmica, cinzas e material osteológico faunístico. A estrutura detetada demonstra uma importância relevante no âmbito da indústria moageira da época, podendo estes vestígios corresponder ao "moinho do Rego", "moinho do Guterre" ou "moinho do Rei" (três dos vários moinhos existentes na cidade de Leiria em finais do século XIV). A estrutura exumada, correspondente aos dois arcos, encontra-se colocada no Largo Cónego Maia.
Terrestre
A partir do Largo 5 de Outubro para Norte, em direção à Rua Mouzinho de Albuquerque. Sudoeste com o Largo das Forças Armadas, Este com o Largo 5 de Outubro, Nordeste com o Largo Cónego Maia e Oeste com a Rua Almeida Garrett.
O espólio encontrado situa-se cronologicamente entre os séculos XIII e XX: faiança, cerâmica comum doméstica dos séculos XIX e XVIII (com e sem engobe e vidrada a verde, castanho e amarelo), cerâmica de construção, fragmentos osteológicos faunísticos, pregos, 4 moedas em bom estado de conservação (um Dinheiro de D. Afonso III, um Dinheiro de D. Fernando I um Real e um Meio Real de D. João I) e ímbrices rolados.
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ZEP - Zona Especial de Protecção
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S - 18442 e 2004/1(199)