Monte do Almo

Sítio (19663)
  • Tipo

    Fortim

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Évora/Redondo/Redondo

  • Período

    Romano

  • Descrição

    O sítio do Monte do Almo implanta-se numa pequena elevação situada no limite setentrional da planície Central do Redondo, sobre a qual detém uma excelente visibilidade. A sua localização permite-lhe um completo domínio visual sobre um caminho natural que, marginando a serra pelo lado Sul, liga a área de Évora ao Guadiana, controlando, igualmente, o acesso à já referida portela do vale das Cortes. A ocupação distribui-se pela metade Norte da elevação, instalando-se no topo e na plataforma que lhe fica adjacente a Sul; o acesso é facilitado pelas encostas suaves, excepto do lado norte e nordeste, onde se acentua o declive e emergem grandes afloramentos rochosos. Na extremidade norte, no ponto mais elevado do cabeço, observam-se os vestígios de uma estrutura com cerca de 10 m x 8 m, sobreposta por grande amontoado de derrubes; esta poderá corresponder a uma possível torre que, desenvolvendo-se em altura, reforçaria a capacidade de controlo visual sobre a área envolvente. A ocupação dispersa-se para Sul numa grande plataforma, na qual são visíveis diversas estruturas, entre as quais uma de planta rectangular, com cerca de 15 m x 8 m, construída em blocos de média e grande dimensão, aproveitando os afloramentos que emergem no local; na encosta oeste, podem-se também observar diversas plataformas e vestígios de estruturas. O conjunto de materiais recolhidos é reduzido, todavia, afigura-se relativamente esclarecedor sobre a sua cronologia, claramente tardo-republicana. A cerâmica de produção regional de tradição pré-romana domina o conjunto, principalmente constituído por grandes contentores; registou-se no fragmento de um destes o que poderá ser parte de uma inscrição, realizada antes da cozedura, na qual se pode ler um A. Os materiais de importação são muito escassos, estando presentes as ânforas da Classe 15 (Haltern 70), a cerâmica comum de fabrico bético e a cerâmica "afim" de campaniense, com pasta de cor acinzentada e verniz negro. Os dolia estão também presentes. A cerâmica de construção não é abundante, contudo, identificou-se a presença de tegulae, imbrices e lateres. A escória de fundição surge igualmente com alguma frequência. O sítio foi integrado na Carta Arqueológica do Redondo com o código 450-B.16.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    -

  • Espólio

    -

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    -

Trabalhos (0)

    Bibliografia (3)

    Carta Arqueológica do Concelho do Redondo (2001)
    Carta Arqueológica do Concelho do Redondo (2007)
    Fortins e recintos-torre do Alto Alentejo: antecâmara da "romanização" dos campos. Revista Portuguesa de Arqueologia (2002)

    Fotografias (0)

    Localização