Castro de Mouril 1

Sítio (19747)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Vila Real/Boticas/Pinho

  • Período

    Idade do Ferro

  • Descrição

    Povoado fortificado de pequenas dimensões, localizado num cabeço em esporão sobre o rio Tâmega. Tem fracas condições de implantação estratégica, com uma reduzida visibilidade em redor, mas tem boas condições defensivas naturais, tendo vertentes inclinadas a Sul para o Tâmega, e a Leste e Oeste para duas pequenas ribeiras. O acesso natural faz-se pelo colo do esporão, do lado Norte, que é actualmente uma grande plataforma agrícola, onde se encontra uma pequena rocha com algumas covinhas e sulcos. O sistema defensivo é composto por duas muralhas e um fosso. No lado Sul, virado ao Tâmega, não se encontram vestígios de muralha, talvez por ser a vertente mais inacessível. Do lado Leste, nalguns pontos da borda da plataforma superior, parece adivinhar-se a existência de um talude, mas este lado do povoado está muito afectado pela construção, em época indeterminada, de vários socalcos agrícolas, que talvez se relacionem com o pequeno lagar escavado na rocha que se localiza no princípio da vertente Sudeste. O lado Oeste é o mais bem conservado, apresentando claramente duas linhas de muralhas paralelas e um fosso escavado na rocha, profundo e bem conservado. A muralha superior segue a linha de cumeada do cabeço, enquanto que a segunda linha está poucos metros abaixo, a meia encosta, e pouco acima do fosso. Tanto as muralhas como o fosso se deveriam prolongar para o lado Norte, o mais vulnerável, mas do fosso não se notam vestígios, e os taludes das muralhas estão quase totalmente desfeitos, sendo a sua identificação problemática. É provável que o fosso tenha sido destruído ou totalmente colmatado pelos trabalhos agrícolas que em tempos decorreram nesta zona, havendo por outro lado referências à utilização das pedras das muralhas do lado Norte para a construção dos muros agrícolas de suporte que ainda são visíveis na zona. O interior do povoado está bastante afectado pela erosão e florestação, apenas parecendo haver alguma razoável conservação estratigráfica do lado Oeste. Há referências à existência de casas circulares, de que não observamos vestígios. Os materiais de superfície são bastante escassos, e parecem resumir-se a cerâmicas manuais da Idade do Ferro.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    A partir da estrada 311, no sentido Pinho-Vidago, segue-se ao km 108 à direita por um caminho de terra batida que leva ao sopé do povoado

  • Espólio

    -

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Mau

  • Processos

    -

Bibliografia (6)

A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal (1986)
Breves Notas sobre a região do Alto Tâmega (1984)
Castros do Concelho de Boticas - II. Campanhas de 1984 e 1985. Anais da Faculdade de Ciências do Porto (1985)
Castros do concelho de Boticas. Trabalhos de Antropologia e Etnologia (1983)
Concelho de Boticas. Zonas de interesse arqueológico, histórico e turístico. Notícias de Chaves (1989)
De Aquae Flaviae a Chaves. Povoamento e organização do território entre a Antiguidade e a Idade Média (1996)

Fotografias (0)

Localização