Queixoso/Condorca

Sítio (19985)
  • Tipo

    Habitat

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Vila Real/Vila Real/Constantim e Vale de Nogueiras

  • Período

    Romano

  • Descrição

    Russell Cortez refere que encontrou o que considerou serem fragmentos de cerâmica castreja na base do monte onde se encontra o marco geodésico de Galegos, a Leste de Panóias. Refere ainda que a este sítio estaria associada a tradicional lenda das formigas, que explicaria o seu abandono em detrimento da actual localização da aldeia de Galegos. No entanto, parece haver algumas imprecisões nestas indicações. O antigo marco geodésico de Galegos, já desactivado, encontra-se ainda no sítio, um cabeço localizado entre Panóias e Galegos. A prospecção que fizemos no local, tanto no topo e encostas como no sopé por todos os lados, foi infrutífera, sendo de realçar que tinhamos boas condições de observação do solo. Por outro lado, existe efectivamente em Galegos a tradição do ataque das formigas aplicado a um sítio arqueológico, mas não se trata deste cabeço, mas sim do sítio do Queixoso/Condorca, localizado no lado oposto, a Leste e sobranceiro à aldeia de Galegos, na encosta Oeste da Serra da Forca. O topónimo Condorca aplica-se a um pequeno conjunto de casebres agrícolas rodeados por um muro, ainda em bom estado de conservação, ao qual se acede por um caminho de terra batida que sai da aldeia. Em frente a estes casebres, encostado ao lado oposto deste caminho, encontra-se um grande afloramento granítico com diversas covinhas. É um grande bloco isolado, elevado e bem destacado, de forma elíptica, tendo talvez uns 5 metros de largura por 10 de comprimento. No topo, muito irregular e desgastado, apresenta numerosas covinhas, com maior concentração na parte Sul. Esta rocha fica na periferia de uma zona de habitat romano, e provavelmente também medieval. Numa zona de prado aberto, sem matagal, encontram-se alguns materiais de superfície, essencialmente tegulas, bastante roladas e desgastadas. O caminho de acesso às casas da Condorca passa logo abaixo desta zona, e também no caminho se encontram alguns materiais de escorrimento. Em redor desta zona de prado aberto, ocupando uma vasta área da encosta Oeste da Serra da Forca, encontram-se numerosos derrubes de estruturas, de difícil visualização devido ao denso matagal que as cobre, e é essencialmente a estas estruturas que está ligada a tradição de aqui ser a antiga aldeia de Galegos. Sendo plausível que efectivamente este local possa ter sido abandonado em detrimento da mais acolhedora localização actual, é de realçar que Galegos é uma aldeia bastante antiga, com pelourinho medieval. Refira-se por fim que o topónimo Serra da Forca explica-se pela tradição local de que na extremidade Sul deste pequeno espinhaço se localizaria a forca de Galegos, referindo-se até que as estruturas de assentamento da forca ainda seria visíveis, o que não tivemos ocasião de comprovar.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    A partir da aldeia de Galegos toma-se um caminho de terra batida que segue para Leste, iniciando logo a seguir a subida da encosta Oeste da Serra da Forca, e passando por um conjunto de casebres agrícolas arruinados, assinalados com o topónim o Condorca. A rocha com covinhas fica em frente a estes casebres, encostada ao caminho, e a zona do habitat fica logo a Sul da rocha.

  • Espólio

    -

  • Depositários

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  • Classificação

    -

  • Conservação

    Regular

  • Processos

    -

Bibliografia (2)

Carta Arqueológica do Concelho de Vila Real (1991)
Panóias. Cividade dos Lapiteas. Subsídios para o estudo dos cultos orientais e da vida provincial romana na região do Douro. Separata dos Anais do Instituto do Vinho do Porto (1947)

Fotografias (0)

Localização