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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Castelo
Coimbra/Penela/São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal
Medieval Cristão e Moderno
Integrado na linha defensiva do Mondego, o castelo coroa um cume rochoso do relevo montanhoso, com implantação dominante sobre a serra de Sicó. Tem-se discutido muito acerca da antiguidade do Castelo de Penela, nomeadamente sobre uma possível "torre militar" romana, cuja missão seria a de proteger a estrada Mérida-Conímbriga-Braga, contudo os trechos mais antigos que se encontram conservados datam de uma época mais avançada, da segunda metade do século XI. Com a conquista definitiva de Coimbra, em 1064, Penela transformou-se num ponto fulcral na defesa meridional da cidade, estatuto a que não foi alheia a sua privilegiada localização na estrada que ligava o baixo-Mondego a Pombal e Santarém. Em 1087, na altura de fazer o seu testamento, D. Sesnando declarava que havia povoado o local. A parcela mais antiga da atual fortaleza localiza-se no interior do recinto e é aquela que maiores problemas de caracterização tem suscitado. Compõe-se de uma cerca que rodeia um "morro calcário (¿) talhado artificialmente para dificultar o acesso, sendo criados desníveis virtualmente impossíveis" (BARROCA, 1990/91). Virgílio Correia e António Nogueira Gonçalves atribuíram esta situação, por eles denominada de castelejo, ao século XV. Este morro acabou por ser convertido em Torre de Menagem do castelo românico e, na Baixa Idade Média, foi objeto de várias reformulações, de que são exemplo as seteiras com troeiras, mas, na sua origem, pelas décadas de 70 e 80 do século XI, constituiu um castelo autónomo de difícil acesso, tremendamente eficaz para tiro vertical. Do período pré-românico restam ainda algumas sepulturas junto ao acesso ao castelejo e no adro da igreja de São Miguel, que testemunham a ancestralidade deste local de culto e da comunidade que aqui se estabeleceu. Na parte extra-muralhas, o atual Jardim da Quinta das Lapas conserva ainda vestígios das habitações rupestres desses habitantes. As primeiras décadas do século XII asseguram a passagem definitiva para um novo tipo de castelo, o Ronânico. Essa transformação está documentada em Penela através de uma radical ampliação do espaço intra-muralhas tendo-se atualizado a configuração da fortaleza que passou a ser cercada por uma muralha dupla, sendo o primitivo castelo transformado em Torre de Menagem, isolada no centro do recinto fortificado, ao gosto românico. Este novo conjunto militar possuía três portas (da Vila, da Traição e do Relógio, esta última demolida em 1760) e era protegida por diversos torreões, ora quadrangulares, ora semicirculares. Na Baixa Idade Média, nos reinados de D. Dinis e eventualmente no de D. João I, registaram-se obras, das quais se desconhece a extensão dos trabalhos realizados, mas aparentemente a configuração geral da planta não terá sido alterada, tendo sido reconstruida grande parte da cerca e a porta principal que passou a ostentar um arco quebrado. Já na posse do regente D. Pedro, que aqui tinha paço, Penela viu a sua primeira igreja ser reconstruída e novas obras tiveram lugar no reinado de D. Manuel. O castelo adquiriu a feição actual na década de 40 do século XX, altura em que se reconstruíram as ameias e partes dos panos murários.
Terrestre
Avenida da Guarda Inglesa.
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Regular
S - 20740 e 2006/1(546)